CERCA de quinhentos milhões de dólares americanos é a quantia necessária para retirar a empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM) da situação financeira deficitária em que se encontra e torna-la competitiva.
A informação foi dada ontem pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, depois de uma visita de trabalho que o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, efectuou àquela companhia que presta serviços de telecomunicações.
Na ocasião, Mesquita disse que este é um valor estimado e a quantia final será apresentado nos próximos dias quando a direcção da empresa concluir um plano de investimentos para a sua recuperação e reposicionamento no mercado.
Entretanto o ministro não precisou se o investimento necessário seria feito pelo Governo ou pelo sector privado, garantindo apenas que a empresa precisa sair da situação deficitárias em que se encontra.
“O Primeiro-Ministro deixou recomendações para a direcção da empresa apresentar um plano para sair da situação deficitária, mas estimativas apontam que são necessários montantes que variam de 400 a 500 milhões de dólares”, afirmou Mesquita, esclarecendo que o estudo também deverá detalhar, de forma prioritária, onde, quando, como e em que área é que será ser aplicado este dinheiro.
O governante referiu que da visita efectuada se constatou que a TDM precisa de ser reestruturada em quase todos os sentidos, desde a gestão de recursos humanos até a rentabilização dos demais recursos de que a empresa dispõe.
Outra proposta apresentada por Carlos Mesquita é de se redimensionar a mão-de-obra nas áreas onde se mostrar necessário, tendo em atenção o aproveitamento da força de trabalho juvenil, considerada mais apta para se adaptar as novas tecnologias.
“Também foram deixadas recomendações para que se melhore a abordagem das carreiras profissionais e a necessidade de canalização dos descontos dos valores das pensões ao Instituto Nacional de Segurança Social”, acrescentou.
Carlos Mesquita afirmou ainda que situação deficitária da TDM pode resultar do facto de esta ter parado no tempo ou então porque os seus gestores não conseguiram acompanhar o ritmo de desenvolvimento que se impõe.
Numa outra abordagem, o ministro dos Transportes e Comunicações levantou a hipótese de convergência da TDM com a empresa de telefonia móvel Moçambique Celular (mCel) como forma de melhor aproveitar e rentabilizar todos os recursos das duas dispõem.
Segundo explicou, a convergência seria feita em relação às infra-estruturas, os recursos humanos e materiais das duas empresas para um melhor aproveitamento.
“Esta é uma ideia em carteira. Está a decorrer um estudo para avaliar a viabilidade dessa hipótese e se a consultaria em curso mostrar que é viável nós vamos avançar. Mas tudo com o propósito de tornar as empresas competitivas e capazes de responder ao mercado actual”, referiu o governante.
A Telecomunicações de Moçambique é a terceira empresa tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações visitada pelo Primeiro-Ministro e que, no seu quadro geral, apresentam uma situação económica deficitária. As anteriores foram a Moçambique Celular e as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM)"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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