MOÇAMBIQUE faz parte da lista de países africanos com melhores perspectivas de crescimento económico e oportunidades de negócio, de acordo com um estudo realizado pela consultora Nielsen junto de executivos no continente.
Na primeira edição do estudo “Africa´s Prospects”, sobre o ambiente macroeconómico, de negócios e indicadores de consumo e retalho, referente ao primeiro trimestre de 2015, Moçambique é classificado em 3º lugar como o país com melhores perspectivas de crescimento e oportunidades para as empresas, atrás de Etiópia e Costa do Marfim.
No estudo de 26 países africanos, Angola surge em 5º lugar, com uma pontuação de 6,3 (igual à do Quénia) com a capacidade de crescimento a ser contrabalançada por “vários desafios operacionais a serem ultrapassados pelas empresas.”
Enquanto o crescimento económico para Moçambique está estimado em 7 por cento, o estudo incorpora no caso de Angola uma estimativa de 4,4 por cento, acima de algumas das últimas revisões em baixa para a economia angolana, devido ao prolongar do baixo nível dos preços de petróleo.
O estudo da Nielsen adianta que os consumidores angolanos estão entre os que têm de se debater com taxas de inflação mais elevadas, à semelhança do que ocorre com os ganeses e os nigerianos.
O cabaz de bens de consumo utilizado pela Nielsen coloca Angola como o país mais caro, de forma destacada com 31,97 dólares, à frente de Costa do Marfim e Gana, enquanto a lista dos países mais baratos é liderada por Uganda, Lesotho, Botswana e Suazilândia.
O estudo salienta a crescente importância das economias africanas, em particular as da África Austral, que estão a crescer mais rápido do que as dos países desenvolvidos, e destes países enquanto mercados de consumo, com um aumento de população acima da média global.
Apesar de o ambiente de negócios ser muitas vezes difícil para as empresas, estes países têm vindo a fazer reformas, com reflexos na subida de posição de muitos deles no índice de facilidade de negócios elaborado pelo Banco Mundial.
Moçambique e Angola têm vindo a atrair grandes cadeias de retalho internacionais, com um estudo da A.T. Kearney a colocá-los entre os 15 países africanos mais atractivos para este género de investimentos.
A consultora, citada pela Macauhub, dá a Angola o 3º lugar entre os países africanos mais atractivos para cadeias de retalho internacionais e Moçambique surge como o 15º mais atractivo, tendo em conta factores como a dimensão da população urbana, eficiência a nível empresarial e risco para os investidores.
No caso moçambicano, destaca-se o recente hipermercado gerido pela empresa “Number One Supermarket, Lda”, com produtos alimentares, bebidas, electrodomésticos e outros, um investimento de 2 milhões de dólares na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia.
A comunidade chinesa está fortemente representada no comércio a retalho em Moçambique e Angola e tem vindo a investir em grandes superfícies.
Devido à expansão acentuada da população e do rendimento médio, Angola tem vindo a atrair cadeias como a sul-africana Spar, seguindo o exemplo da compatriota Shoprite, depois de a brasileira Odebrecht ter sido chamada pelo Governo para uma parceria na gestão logística da cadeia estatal Nosso Super."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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