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Casa da cultura em Portugal recebe nome do artista moçambicano Lívio de Morais
Inauguração será no dia em que o artista completa 70 anos
A Câmara de Sintra formaliza no domingo a atribuição do nome de Lívio de Morais à casa da cultura de Mira Sintra, no dia em que o professor e artista plástico de origem moçambicana completa 70 anos.
“Fiquei admirado, mas também satisfeito, não por mim, mas pelo que significa em termos de opção política de reconhecimento do contributo dos imigrantes”, afirmou Lívio de Morais, em declarações à Lusa.
A Casa da Cultura Lívio de Morais, na União das Freguesias de Agualva e Mira Sintra, visa homenagear o pintor e escultor moçambicano, que aproveitará a ocasião para inaugurar uma exposição da sua obra.
A atribuição do nome de Lívio de Morais à casa da cultura de Mira Sintra foi aprovada pela Câmara de Sintra, em dezembro de 2014, por proposta do vice-presidente da autarquia, Rui Pereira (PS), acolhendo uma sugestão da assembleia de freguesia.
“As homenagens devem também ser efectuadas em vida, permitindo aos homenageados sentir o merecido reconhecimento público”, justificou o também vereador da Cultura na proposta que submeteu ao executivo municipal.
Segundo o autarca, além do vasto currículo, Lívio de Morais, enquanto residente em Agualva-Cacém, “sempre teve a capacidade única de conjugar a multiculturalidade de que a cidade é referência”.
Lívio Sebastião de Morais nasceu a 10 de Maio de 1945, em Moçambique, iniciou-se aos 20 anos nas artes plásticas, no Núcleo de Arte de Lourenço Marques (Maputo), e decidiu estudar em Portugal, em 1971.
Nos 44 anos em Portugal – vai ao país natal “duas vezes por ano”, confessou –, licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e foi professor, durante 36 anos, na Escola Secundária Ferreira Dias, no Cacém.
Autarca eleito pelo PS para a assembleia e executivo da antiga freguesia de Agualva-Cacém, o também escritor e investigador de arte africana é actualmente conselheiro, como representante da comunidade, do órgão de consulta do Alto Comissariado para as Migrações.
“É uma grande responsabilidade para mim e para África”, admitiu Lívio de Morais, em relação à distinção da autarquia de Sintra, assumindo que a casa da cultura deve funcionar com “uma maior abertura multicultural e espaço de reflexão de problemas atuais, da fome, da miséria e do desemprego”.
Na sua opinião, os imigrantes africanos, e de outras origens, deviam ter um espaço institucional “para falar dos seus problemas”, e gostaria de ver uma maior representatividade destas comunidades nos principais órgãos de soberania portugueses.
A casa da cultura de Mira Sintra foi inaugurada em junho de 2008, destinada a acolher espectáculos de música, teatro e dança, bem como exposições, colóquios, seminários, palestras, conferências, “ateliers” e “workshops”.
O equipamento possui um espaço internet e de leitura de periódicos e biblioteca, salas cedidas pelo município ao Teatromosca e a outras duas instituições, uma sala polivalente e salas multiusos destinadas a actividades de associações do concelho.
Lívio de Morais inaugura, no domingo, uma exposição de pintura e escultura e vai doar, para já, à casa da cultura que recebe o seu nome, uma peça em bronze e duas em pedra, prometendo completar a oferta também com quadros da sua autoria."
FONTE SAPO MZ
“Fiquei admirado, mas também satisfeito, não por mim, mas pelo que significa em termos de opção política de reconhecimento do contributo dos imigrantes”, afirmou Lívio de Morais, em declarações à Lusa.
A Casa da Cultura Lívio de Morais, na União das Freguesias de Agualva e Mira Sintra, visa homenagear o pintor e escultor moçambicano, que aproveitará a ocasião para inaugurar uma exposição da sua obra.
A atribuição do nome de Lívio de Morais à casa da cultura de Mira Sintra foi aprovada pela Câmara de Sintra, em dezembro de 2014, por proposta do vice-presidente da autarquia, Rui Pereira (PS), acolhendo uma sugestão da assembleia de freguesia.
“As homenagens devem também ser efectuadas em vida, permitindo aos homenageados sentir o merecido reconhecimento público”, justificou o também vereador da Cultura na proposta que submeteu ao executivo municipal.
Segundo o autarca, além do vasto currículo, Lívio de Morais, enquanto residente em Agualva-Cacém, “sempre teve a capacidade única de conjugar a multiculturalidade de que a cidade é referência”.
Lívio Sebastião de Morais nasceu a 10 de Maio de 1945, em Moçambique, iniciou-se aos 20 anos nas artes plásticas, no Núcleo de Arte de Lourenço Marques (Maputo), e decidiu estudar em Portugal, em 1971.
Nos 44 anos em Portugal – vai ao país natal “duas vezes por ano”, confessou –, licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e foi professor, durante 36 anos, na Escola Secundária Ferreira Dias, no Cacém.
Autarca eleito pelo PS para a assembleia e executivo da antiga freguesia de Agualva-Cacém, o também escritor e investigador de arte africana é actualmente conselheiro, como representante da comunidade, do órgão de consulta do Alto Comissariado para as Migrações.
“É uma grande responsabilidade para mim e para África”, admitiu Lívio de Morais, em relação à distinção da autarquia de Sintra, assumindo que a casa da cultura deve funcionar com “uma maior abertura multicultural e espaço de reflexão de problemas atuais, da fome, da miséria e do desemprego”.
Na sua opinião, os imigrantes africanos, e de outras origens, deviam ter um espaço institucional “para falar dos seus problemas”, e gostaria de ver uma maior representatividade destas comunidades nos principais órgãos de soberania portugueses.
A casa da cultura de Mira Sintra foi inaugurada em junho de 2008, destinada a acolher espectáculos de música, teatro e dança, bem como exposições, colóquios, seminários, palestras, conferências, “ateliers” e “workshops”.
O equipamento possui um espaço internet e de leitura de periódicos e biblioteca, salas cedidas pelo município ao Teatromosca e a outras duas instituições, uma sala polivalente e salas multiusos destinadas a actividades de associações do concelho.
Lívio de Morais inaugura, no domingo, uma exposição de pintura e escultura e vai doar, para já, à casa da cultura que recebe o seu nome, uma peça em bronze e duas em pedra, prometendo completar a oferta também com quadros da sua autoria."
FONTE SAPO MZ
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