AS economias da África do Sul, Botswana e Moçambique apresentaram uma aceleração do crescimento anual do PIB, no terceiro trimestre de 2014, contra uma desaceleração nas Maurícias, segundo dados avançados pelo Banco de Moçambique.
O crescimento do PIB sul-africano foi de 1,4%, invertendo assim a tendência para abrandamento registada nos primeiros dois trimestres de 2014. Em Novembro, a inflação registou um comportamento diferenciado, tendo a generalidade dos países registado um abrandamento da inflação anual, à excepção de Angola e Zâmbia onde este indicador acelerou.
Enquanto isso, no Malawi, a inflação manteve-se estável, ainda que continue a apresentar a taxa mais alta da região (23,7%).
Ainda, segundo o Banco de Moçambique no fecho de 2014, todas as moedas da região apresentaram-se enfraquecidas face ao dólar norte-americano, tendo o kwacha da Zâmbia depreciado 15,8% e o rand sul-africano 18,7%, num cenário em que a depreciação da divisa malawiana desacelerou de 22,1% para 9,6%.
A maior parte dos bancos centrais da região decidiu não alterar as taxas de juro de política, com a excepção da Zâmbia e Angola que reviram em alta em 25 e 50 pontos base, para 9% e 12,5%, respectivamente.
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em baixa as perspectivas de crescimento da economia global para 2014 e 2015, justificada pelos receios de estagnação das economias da Zona do Euro; agravamento da recessão no Japão e abrandamento do crescimento económico nos mercados emergentes, tendo como base a informação do PIB referente ao terceiro trimestre de 2014.
Esta visão vem reforçar igualmente as previsões avançadas por outras agências especializadas de uma recuperação lenta da actividade económica global.
O comunicado do Banco de Moçambique refere que a conjuntura internacional mais recente tem igualmente sido caracterizada por uma queda acentuada do preço das principais “commodities”, com destaque para o petróleo, a reflectir a contracção da procura mundial ditada pelo crescimento moderado da China e dos países da Zona do Euro, bem como pela melhoria das reservas desta matéria-prima nos EUA.
Nas economias avançadas, dados recentemente disponibilizados reportados ao terceiro trimestre de 2014 mostram que o crescimento económico de 2,7%, nos EUA, se situou acima das estimativas iniciais de 2,4%, enquanto no Reino Unido o crescimento de 2,6% esteve abaixo das perspectivas iniciais de 3%.
Neste bloco de economias observou-se um abrandamento da inflação no mês de Dezembro, com destaque para a Zona do Euro, onde os receios de deflação poderão comprometer a recuperação da actividade económica da região.
Nas economias do mercado emergente, observou-se igualmente um abrandamento da inflação, com excepção da Rússia que registou uma aceleração para 11,4% em Dezembro, resultante da forte depreciação do rublo face ao dólar norte-americano que atingiu 76,5% no período em referência. No Brasil, apesar de a inflação se situar ligeiramente acima da meta estabelecida, iniciou um movimento descendente, num cenário de depreciação mais branda do real."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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