terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ANADARKO INICIA PROSPECÇÃO DE HIDROCARBONETOS EM TERRA EM MOÇAMBIQUE NA PROVINCIA DE CABO DELGADO

O GRUPO norte-americano Anadarko Petroleum vai iniciar a prospecção de hidrocarbonetos no poço Kifaru-1, localizado na concessão em terra do Rovuma, anunciou a Wentworth Resources, uma das empresas parceiras do consórcio.
A presença de areias do período Mioceno, mas também do Oligoceno e do Cretáceo, será o objecto da pesquisa no poço Kifaru-1, que terá uma profundidade de cerca de 4050 metros, devendo as actividades de prospecção prolongar-se por um período não inferior a 70 dias.
De acordo com a Wenthworth Resources, empresa que detém uma participação de 11,59% na concessão em terra do Rovuma, liderada pela Anadarko (35,70%), e que está cotada no mercado alternativo de investimento da Bolsa de Valores de Londres, a pesquisa vai procurar evidências da presença de hidrocarbonetos semelhantes às que foram encontradas nos reservatórios dos campos de gás natural de Msimbati e de Mnazi Bay, no sul da Tanzania.
O poço Kifaru-1, que se localiza no extremo norte da província de Cabo Delgado, no distrito de Palma, será o quarto a ser analisado pelas equipas de investigação do consórcio, após terem sido realizadas pesquisas nos poços Mocímboa-1, Mecupa-1 e Tembo-1, todos inseridos na concessão de 13.500 quilómetros quadrados que a Anadarko recebeu em 2006 das autoridades moçambicanas.
Segundo a Wenthworth Resources, em todas as pesquisas foram encontradas evidências da presença de hidrocarbonetos, como petróleo e gás no poço de Mocímboa-1 formados no período Cretáceo, não estando, por enquanto, garantida a sua exploração pelo consórcio, no qual também detêm interesses as estatais moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com 15%, e tailandesa PTT Exploration na Production (PPTEP), com 10%.
Além desta concessão, o grupo norte-americano Anadarko Petroleum (26,5%) lidera o consórcio Área-1, ao largo da costa marítima da província de Cabo Delgado, no qual se encontram a ENH (15%), os grupos indianos ONGC Videsh (20%) e BRPL Ventures (10%), o japonês Mitsui&Co (20%) e o tailandês PTT Exploration and Production (8,5%), tendo sido ali descobertas em vários poços de águas profundas reservas de entre 50 biliões a 70 biliões de pés cúbicos de gás natural.
Na sua fase inicial, os planos de viabilização comercial deste projecto deverão passar pela construção de duas unidades de liquidificação de gás natural na península de Afungi, do distrito de Palma, envolvendo uma colaboração com o consórcio vizinho liderado pela italiana ENI, o da Área-4, uma vez que as duas concessões partilham um reservatório de gás natural: Mamba (Área-4) e Prosperidade (Área-1).
O desenvolvimento destas duas unidades poderá envolver investimentos de cerca de 16 mil milhões de dólares, estando a sua entrada em funcionamento marcada para 2018, de acordo com as estimativas mais optimistas das autoridades locais. (Macauhub/MZ)"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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