segunda-feira, 19 de agosto de 2013

STERGOMENA TAX, SECRETÁRIA - EXECUTIVA DA SADC - COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL, TANZÂNIANA ELEITA NO ÂMBITO DA 33ª CIMEIRA QUE DECORREU EM LILONGWE, MALAWI

"SADC: Sai Tomáz Salomão, entra Stergomena Tax


Stergomena tax sadcA 33ª Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento de África Austral (SADC), que vinha decorrendo desde sábado último na capital malawiana, Lilongwe, terminou ao fim da tarde de hoje com a eleição de Stergomena Tax, uma tanzaniana, para o cargo de Secretaria-Executiva desta comunidade agora com 15 membros e uma população que ronda cerca de 300 milhões de habitantes.Tax substitui no cargo o moçambicano Tomaz Salomão que esteve a dirigir a SADC nos últimos anos, mas a eleição do ou da vice Secretária Executiva foi adiada para o próximo mês de Outubro.O estadista moçambicano, Armando Guebuza, que foi o Presidente em exercício da SADC nos últimos 12 meses, cessou estas funções e passou a pasta para a sua homologa malawiana, Joyce Banda. A função de Presidente em exercício da SADC é rotativa e Banda deverá passar esta função ao líder zimbabweano quando se realizar a 34ª cimeira em Harare, em Agosto do próximo ano.
Guebuza diz ter feito o que foi possível ao longo desta sua presidência, e que está optimista que a sua homóloga levará a SADC a novas vitórias porque ela é uma líder que provou ser séria, competente e empenhada.Em declarações que fez durante um briefing que deu esta tarde aos jornalistas moçambicanos que cobriram a cimeira, Guebuza afiançou que a SADC conseguiu realizar muitas coisas desde que se fundou primeiro como um organismo para coordenar a cooperação dos então países da Linha da Frente, que se confrontavam com o então regime do apartheid, ate à sua transformação em Comunidade em 1992 na capital namibiana.De facto, e tal como reza o conceito da cooperação que é dar a outrem o que se tem para se receber desse alguém o que não se tem, os países da região têm estado a fazer uso mútuo do que cada um deles tem, ao mesmo tempo que avançaram em muitas outras áreas antes vistas como impossíveis, como a abolição dos vistos, e que tem permitido a livre circulação de pessoas na região.Guebuza disse ser verdade que o que se fez ainda é muito pouco em relação ao que ainda se tem de fazer, mas que já se andou muito e os frutos provam eloquentemente que a integração regional está a ser benéfica a todos os povos da região e que, por isso, deve ser catalisada cada vez mais.
Mais infra-estruturas para dar corpo à integração
Guebuza vincou que o que dará força à integração será a construção de mais infra-estruturas que farão com que haja uma maior circulação não só de pessoas, que já é uma realidade embora não no seu máximo, mas também de bens que farão com que os países da região acumulem mutuamente e cada vez mais riqueza entre eles, através de trocas comerciais e de serviços.Para Guebuza, a implementação de vários projectos como de construção de portos, caminhos-de-ferro, barragens, linhas de transporte de energia, que estão em curso ou em carteira em cada um dos países, como sendo o que irá dar maior dinamismo à integração regional preconizada pelos percursores da SADC.
Guebuza não descarta testes universais do HIV na região da SADC
O Presidente moçambicano disse não descartar a hipótese de um dia se vir a adoptar o princípio de se passar a fazer testes universais do HIV na região da SADC, como uma das formas mais eficazes de se conter a propagação desta pandemia e pôr-se assim freio à morte prematura das pessoas.Instado a dizer qual era a sua posição ao debate que teve lugar entre os estadistas presentes a esta cimeira, numa sessão especial que se debruçou sobre esta pandemia, em que alguns dos seus homólogos, como do Zimbabwe e o Vice-Presidente da Zambia, defenderam a tese de que se devia abandonar a prática mundial de se deixar ao critério das pessoas fazerem ou não o teste, Guebuza respondeu que o que se decidiu é que tem que se fazer uma análise mais profícua para se tomar uma decisão mais consensual, mas que de facto entende que se devia tratar todas as pessoas antes que fosse mais tarde.Guebuza reconheceu ser uma questão polémica e que não acha que seja da competência dos ministros da saúde da SADC deliberar sozinhos, como terá de envolver pelo menos os seus colegas das finanças, dado que envolverá custos elevados testar cada um e todos os cidadãos de um país.Mas reiterou que a ideia não é de se descartar, porque esta epidemia está a matar insidiosamente dezenas de milhões de pessoas e que só vêem a dar conta disso quando muitas vezes é tarde demais para se curarem.
(RM/AIM" FONTE RÁDIO MOÇAMBIQUE.

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