"ECONOMIA
A SEMANA :
Países lusófonos querem criar rede de empresas 27 Abril 2013
Representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) assinaram em Brasília um protocolo de parceria para criar uma rede de empresas, que vai facilitar os negócios nos blocos económicos em que cada um dos países da comunidade está integrado. O projecto conta com o apoio da União Europeia e de empresas portuguesas.
O protocolo para efectivar esta rede foi assinado pela Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, a Associação Industrial Portuguesa e Associação Portuguesa para Desenvolvimento Económico e Cooperação, no encerramento do 7º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais.Este prevê envolver mais de cinco mil companhias nos oito países lusófonos. Cada país abriria o acesso ao seu bloco económico aos outros membros da CPLP. O Brasil facilitaria os negócios no Mercosul e Portugal, por exemplo, na União Europeia.Ainda no encontro em Belo Horizonte foram discutidos a possibilidade da construção de um grande porto de distribuição de mercadorias para a Europa e a África em Cabo Verde e um projecto conjunto, entre Brasil e Moçambique, para produzir o etanol.Para o presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Penna, as conversas iniciadas no Brasil podem resultar em grandes negócios e projectos. “A gente sente o semblante das pessoas saindo com a sensação que têm um grande projecto em mente. Penso que no sector hoteleiro, de turismo, houve muito interesse. Em São Tomé e Príncipe, por exemplo, com praias maravilhosas, um povo afável, ameno. São olhares que só um encontro como esse permite”, afirma.Outro importante projecto discutido, que poderia, inclusive, contar com financiamento da nova directoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para a África – anunciada no encontro - seria na área do Etanol, entre Brasil e Moçambique.“Moçambique está, mais ou menos, no mesmo hemisfério do Brasil e as características dos terrenos são de cerrado. Quem sabe nesse cerrado não seja possível fazer um grande projecto de produção do etanol, com plantação de cana-de-açúcar e produção de açúcar e álcool. Ele é muito mais viável assim, porque pode haver sobra da produção aqui e exportação para lá e vice e versa. Seria complementar”, pontua Penna.Foi debatido ainda um projecto que Cabo Verde gostaria de acolher, por estar localizado estrategicamente entre a América, a África e a Europa. “Talvez pudesse se criar um porto que recebesse todas as encomendas e ali fizesse a distribuição para os outros países da África e da Europa. Como acontece em Singapura, país com dimensão de uma cidade, que é um caso de sucesso porque conseguiram fazer essa distribuição. Acho que pela localização de Cabo Verde é possível conseguir algo assim”.O projecto de construção de um porto em Cabo Verde poderia poderá ser uma resposta a um dos grandes empecilhos dos negócios entre Brasil e África: a dificuldade com o transporte marítimo.C/Voanews" FONTE JORNAL A SEMANA DE CABO VERDE.
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