Transporte de energia via “espinha dorsal”: EDM e REN ajustam parceria no
CESUL.
AS empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Redes Energéticas
Nacionais (REN) de Portugal, estão a negociar o estabelecimento de uma parceria
para o CESUL, um projecto regional que tem como objectivo o transporte de
energia eléctrica produzida na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), até aos
centros do consumo no sul do país.
Maputo, Segunda-Feira, 30 de Julho de 2012Notícias .
Conhecido por “Espinha Dorsal”, o CESUL, um projecto orçado em cerca de 1.7
mil milhões de dólares norte-americanos, prevê a construção de uma nova linha
aérea de alta tensão de corrente contínua (HVDC) de 800 kV entre uma nova
subestação em Cataxa ou a expansão da subestação existente de Matambo, na
província de Tete e a subestação de Maputo, na província de Maputo.As negociações acontecem numa altura em que são avançadas informações segundo
as quais o grupo China State Grid Corp pretende investir a totalidade dos 1,7
mil milhões de dólares necessários para viabilizar o projecto CESUL.Entretanto, em declarações recentes ao “Notícias”, em Maputo, o director
nacional de Energia, Pascoal Bacela afirmou estarem em curso negociações entre a
EDM e a REN, sem contudo, confirmar o alegado envolvimento financeiro da China
State Grid Corp no projecto.“É verdade que a REN está a negociar com a EDM uma parceria no projecto
CESUL, mas não posso confirmar se a China State Grid vai ou não desembolsar esse
valor. Ademais, as negociações ainda não estão concluídas”, disse.De referir que a China State Grid Corp entrou no capital da HCB ao ter
adquirido ao Estado português uma participação de controlo na REN, de 25 por
cento, no âmbito de um pacote de privatizações incluídas no programa de
saneamento financeiro de Portugal.Pascoal Bacela admitiu, contudo, que a China State Grid Corp poderá entrar no
projecto CESUL através da sua participação no capital social da REN.O CESUL prevê ainda a ampliação de subestações existentes em Maputo, Matambo
e possivelmente no Songo; a construção de até quatro novas subestações e/ou
expansão em locais por identificar ao longo do traçado da linha aérea de
corrente alternada (HVAC), próximo de Cataxa e no Inchope, em Vilankulo e no
Chibuto.A entrada da REN no capital da HCB representou, por seu turno, a conclusão do
dossier relativo à barragem envolvendo Moçambique e Portugal e em que o nosso
país passou a deter 85 por cento do capital da empresa e uma fatia adicional de
7,5 por cento a ser tomada por um investidor escolhido pelo Governo
moçambicano." Fonte Jornal NOTICIAS.
Sem comentários:
Enviar um comentário