"Bolseiros Moçambicanos a Caminho de Portugal
Vinte e três bolseiros moçambicanos partem, em Outubro próximo, para Portugal, para realizar mestrados e doutoramentos em diversas áreas, no âmbito da cooperação portuguesa que, em 2011, poderá alargar as bolsas dentro de Moçambique aos níveis académicos elevados. Para o ano lectivo 201 0/2011, com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), a cooperação portuguesa atribuiu 19 bolsas de estudo para mestrado e quatro para doutoramento (duas aprovadas recentemente), em diversas áreas, como as engenharias e as ciências sociais.Oriundos de várias universidades e instituições públicas e privadas de Moçambique, além de organizações não governamentais, os bolseiros vão desenvolver os seus estudos em universidades portuguesas em Minho e Aveiro, passando por Lisboa, Algarve e Açores.
O grupo de moçambicanos, apresentado ontem, em Maputo, vai juntar-se aos cerca de 130 estudantes que actualmente estão em Portugal, através de bolsas atribuídas pela cooperação portuguesa, número que voltará a aumentar dentro de algumas semanas, com a chegada a Portugal de aproximadamente 20 alunos do ensino técnico profissional. Anualmente, o IPAD disponibiliza cerca de 720 mil euros para bolsas de estudo e formação para moçambicanos, em Portugal.Este programa, regularmente acordado entre o Ministério da Educação moçambicana e a Embaixada é motivo de grande orgulho, uma vez que a educação é uma das batalhas prioritárias para a construção do futuro’, considerou o Embaixador de Portugal em Maputo, Mário Godinho de Matos. Segundo Mário Godinho, ‘mais de metade da cooperação portuguesa é para a educação”, essencial “num mundo globalizado, onde as pessoas têm que ter um nível de formação cada vez mais elevado”.Sendo a educação “o ponto mais importante para o desenvolvimento do país”, o director geral do Instituto de Bolsas de Estudo do Ministério da Educação moçambicano, Octávio Manuel de Jesus, salientou também a “importância que representa a cooperação portuguesa na área da formação”.
Octávio Manuel de Jesus reconheceu “as lacunas em termos de quadros qualificados”, pelo que instou os bolseiros a terminarem os cursos “em tempo útil” e regressarem ao país com “resultados dessa formação”.
A cooperação portuguesa atribui, desde a década de 80, bolsas de estudo a estudantes e quadros superiores moçambicanos. Há dois anos, o apoio financeiro passou a ser apenas para os níveis de mestrado e doutoramento, depois de Portugal e Moçambique acordarem a atribuição de bolsas de licenciatura internas.Neste âmbito, o IPAD atribui, por ano, 80 mil euros, direccionados, não apenas às 30 bolsas do ensino superior, mas também a dez bolsas para o ensino secundário. Para o próximo ano, segundo disse a técnica sectorial de cooperação da Embaixada, Mónica Tavares, Portugal poderá ainda apoiar a realização de mestrados e doutoramentos em Moçambique. Redacção/Lusa" Fontes: Jornais Ponto Certo e Diário de Moçambique.
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