segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

MOCAMBIQUE GOVERNO E ENI ASSINAM ACORDO PARA PRODUCAO DE BIOCOMBUSTIVEIS

28-02-2022 14:18 Governo moçambicano e Eni assinam acordo para produção de biocombustíveis Governo moçambicano e Eni assinam acordo para produção de biocombustíveis facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Maputo, 28 fev 2022 (Lusa) – O Governo moçambicano e a petrolífera italiana Eni assinaram hoje um acordo para um projeto de produção de biocombustíveis, a partir da matéria-prima produzida por pequenos agricultores em Moçambique. “O acordo tem como objetivo estabelecer uma plataforma de trabalho conjunta orientada para cooperação e desenvolvimento de projetos agrícolas em Moçambique para produzir oleaginosas que vão servir de matéria-prima para a produção de combustíveis”, declarou o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, momentos após a assinatura do acordo em Maputo. Para o governante, a iniciativa, que deverá ainda ser alvo de um estudo de viabilidade, vai catapultar os cerca de 700 mil pequenos agricultores que têm dominado a produção neste setor em Moçambique. No total, segundo dados oficiais, Moçambique produz anualmente perto de 400 mil toneladas de oleaginosas, com destaque para gergelim, amendoim, soja, algodão e girassol. O objetivo do executivo moçambicano é garantir que os pequenos agricultores tenham acesso a ferramentas, crédito e mercado, criando uma cadeia de valor sustentável com a finalidade de produzir biocombustíveis com o apoio da Eni, numa estratégia que tenha os “olhos virados” para o mercado regional. “Os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral [SADC] importam anualmente 1,5 mil milhões de dólares em óleo alimentar. Portanto, o surgimento de uma indústria estrategicamente posicionada em Moçambique pode gerar uma oportunidade”, declarou Celso Correia. O diretor-geral da Eni em Moçambique, Giorgio Vicini, destacou que o projeto vai tomar em consideração a conservação do ambiente, considerando que a iniciativa mostra o “compromisso” que a petrolífera tem com redução de gases com efeito estufa. “A Eni tem como objetivo atingir a descarbonização completa dos seus produtos e processos até 2050 e os biocombustíveis têm um papel preponderante para a redução dos gases com efeito estufa nos setores de transportes”, declarou Giorgio Vicini, que lembra que a petrolífera já está a implementar este projeto em outros países, com destaque para Angola, Congo e Quénia, no continente africano. As partes não avançaram detalhes sobre os custos do projeto e o seu calendário, limitando-se a informar que a primeira fase vai ser dedicada a um estudo de viabilidade. A petrolífera italiana faz parte do consórcio da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo de Cabo Delgado, numa operação cujas previsões iniciais apontavam que a exploração das reservas começaria no primeiro semestre de 2022. Os poços que vão alimentar o projeto estão perfurados e a plataforma flutuante Coral Sul já está em Moçambique. Esta será a primeira unidade de exploração das reservas do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo. A Eni deverá ainda iniciar em meados deste ano atividades de prospeção ao largo de Angoche, centro de Moçambique. EYAC (LFO) // LFS Lusa/Fim FONTE LUSA

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