Niassa vai hospedar festa cultural em 2018
Em 2018 iremos para a província do Niassa. Iremos motivados e felizardos para demonstrar a nossa vasta e rica diversidade cultural, em uma edição especial do Festival Nacional da Cultura. Especial por ser a décima e por acontecer naquela província que é refrescada pelo Lago Niassa, orgulhosamente representada pelos Massukos. Niassa que é rica culturalmente com os Macuas, Yaos e Nyanjas, a fazerem valer seu legado cultural. Mas é também no Niassa onde podemos contemplar a natureza, ouvindo o cantarolar dos pássaros na maior reserva do país.
Depois dos momentos eufóricos e únicos vividos entre 24 e 28 de Agosto, nas cidades da Beira e Dondo, foi anunciado pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que a décima edição iria acontecer no Norte do país, concretamente na província do Niassa.
Felizardos, os próximos hospedeiros do festival, representados pelo Governador, Arlindo Chilundo, disseram PRESENTE. “Estamos prontos e aceitamos o desafio de sermos acolhedores da décima edição do Festival Nacional da Cultura”.
Entre os artistas, a emoção tomava conta e era difícil disfarçar. Tanto que duas províncias, Zambézia e Niassa, estavam expectantes em acolher a maior e mais importante festas da cultura moçambicana. “Vencemos. Há quem seja céptico, afirmando que falta muita coisa em Niassa, principalmente na indústria hoteleira. Mas a vinda do festival para a nossa província será momento para criarmos, construir e desenvolver o que não está a evoluir. Nem precisas me identificar. Direi o meu nome em 2018 quando estiverem em Niassa a dançarem ao ritmo da nossa tradição”, disse um artista da delegação do Niassa.
ARTISTAS IMPECÁVEIS
A festa feita na província de Sofala, ficou a dever-se grande parte ao empenho incansável dos artistas. Nos palcos, nos bastidores, na rua, em todos os lados onde havia artistas, dava gosto ver. Ver aquela animação e conversas naturais. A troca de experiência sem tabus e sem olhares de proveniência. Sofala deixa saudades.
Nota dominante foi a participação massiva de adolescente, sinal de que a mensagem, o legado está a ser passado gradualmente, tendo Continuadores para a preservação e divulgação da nossa cultura.
Destacável é igualmente a preparação e disposição de Sofala e suas gentes na recepção calorosa que fizeram a todos os artistas. Segurança e sorrisos por todo lado. O Restaurante 2+1, serviu com requinte e profissionalismo. Djindje, Victor, Gita, Senhor Excelência, D. Jaime e todos, incluindo os que não apareciam nas mesas por estarem na cozinha, foram impecáveis. Sempre presentes e sorridentes, tratavam os jornalistas e artistas, da melhor maneira possível.
FOI A MAIOR FESTA DA FAMÍLIA MOÇAMBICANA
- Silva Dunduro, Ministro da Cultura e Turismo
A participação incondicional dos moçambicanos em todas as fases do IX Festival Nacional da Cultura, vencendo com sucesso todas as vicissitudes, testemunhou mais uma vez, que a cultura é o bem maior de um povo, o estado de espírito e da alma de uma Nação, o que diferencia e une as pessoas e os povos.
“Este Festival Nacional da Cultura foi, indubitavelmente, a maior festa da família moçambicana, através da qual logramos costurar a paz e o desenvolvimento, com as cordas dos instrumentos musicais manufacturados na grande indústria e nas aldeias, com o rufar estridente dos batuques vindos de todo o país, com os passos das nossas danças únicas rasgando a terra e palcos”, considera o Ministro da Cultura e Turismo.
Fora da dança e música, o festival fez-se também através de lançamentos de livro, exposições de artes plásticas e palestras.“A festa foi feita através dos textos literários e discursivos múltiplos enriquecidos pela diversidades das nossa línguas, com pincéis e todo o tipo de suportes, enfim, tudo o que esteve ao alcance dos criadores, visando tornar o nosso país num palco de harmonia social, de inclusão e de progresso”, considera Silva Dunduro.
O Festival Nacional da Cultura foi um momento de exaltação e introspecção sobre a moçambicanidade, de galvanização e internacionalização de todas as tradições culturais e criações artísticas do nosso país visando fortalecer a nossa identidade, a produção de riqueza através da cultura, contribuindo deste modo, para redução das desigualdades sociais e o alcance do bem-estar para todos.
Niassa é o próximo ponto de confluência dos moçambicanos, por ocasião da fase final do X Festival Nacional da Cultura em 2018. “A partir das ilações tiradas em Sofala, a nossa meta é fazer ainda melhor, aliás, a auto-superação é uma das nossas linhas de orientação, visando a satisfação das expectativas cada vez mais crescentes dos cidadãos. A participação de S.Excelência Governador da província do Niassa na fase final havida na Beira, é um bom prenúncio pois, com o governo do Niassa decidimos iniciar já os preparativos do X Festival, sendo que para tal, estamos a criar as equipas de trabalho”, afirma Dunduro.
Texto de Frederico Jamisse
frederico.jamisse@snoticicas.co.mz"
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FONTE: DOMINGO, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.
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