A FACILITAÇÃO de vistos de entrada ao país e o aumento da competitividade da companhia área de bandeira são algumas das propostas apresentadas, sexta-feira, ao Governo para alavancar o sector do turismo doméstico.
Intervenções feitas num encontro entre o ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, com empresários do ramo, proprietários e gestores das agências de viagens e representantes de instituições de transporte recomendam ainda a intensificação da formação técnico-profissional e a produção de estatísticas credíveis para a melhoria do planeamento estratégico.
Noor Momade, presidente da Associação de Agentes de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique (AVITUM), disse ser importante focalizar atenções para o turismo doméstico devido ao fraco impacto que as campanhas de marketing poderão agora ter no estrangeiro e por ser uma excelente forma de rentabilizar os investimentos realizados quer do ponto de vista de construção de infra-estruturas quer da melhoria da qualidade do serviço em si.
Quanto aos vistos de fronteira, a AVITUM defende uma facilitação selectiva para cerca de 20 países principais emissores de turistas, o que poderá contribuir para a atracão de estrangeiros que queiram visitar o país e elevar a captação de divisas.
Para que a empresa Linhas Áreas de Moçambique, companhia de bandeira nacional, seja mais competitiva, os agentes de viagens advogam a adopção de tarifas mais acessíveis, aumento do número de aeronaves, frequência de voos e ajustamento dos horários com vista a satisfação das necessidades do público.
No encontro de sexta-feira, os operadores felicitaram o Executivo pela nova estratégia nacional do turismo, que, na óptica deles, essencialmente reduz o número de destinos de desenvolvimento prioritário, o que permitirá a concentração de mais e melhores investimentos em alguns focos e evitar dispersão.
Foi igualmente aclamada a aprovação da revisão do regulamento do licenciamento das agências de viagens e operadores turísticos, documento que vinha sendo discutido há vários anos, bem como o desenvolvimento de infra-estruturas de grande dimensão e que promovem o sector, com destaque para os aeroportos internacionais de Maputo, Vilankulo, Nacala, Estrada Circular de Maputo, entre outros.
Entretanto, nem tudo vai bem. Ao que se disse, a falta de divisas e os limites recentemente impostos nas transacções bancárias através de cartões, mesmo que sejam de empresas, começam a embaraçar as companhias aéreas que operam em Moçambique. O aumento da concorrência para um mercado que não cresceu substancialmente, os frequentes e recorrentes atrasos nos pagamentos das passagens aéreas vendidas ao Estado figuram entre as inquietações.
Domingos Artur, secretário permanente do Ministério da Cultura e Turismo que finalizou a presidência do encontro, disse que as propostas e preocupações levantadas foram todas registadas e merecerão toda atenção da instituição"
FONTE. JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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