UMA unidade de processamento de castanha de caju poderá ser instalada nos próximos anos no povoado de Sovim, localidade de Cheadeia, no distrito de Nhamatanda, em Sofala.
A informação foi avançada, há dias, por Américo Sebastião, sócio-gerente da firma Beira-Boi durante a visita da vice-ministra da Agricultura e Segurança Alimentar, Luísa Meque.
O projecto Beira-Boi, cuja actividade primária se circunscrevia na produção de gado de corte, interessou-se pelo plantio de cajueiros faz três anos, tendo nessa altura ocupado uma área de 30 hectares.
Animado com os resultados alcançados, em 2014, o projecto viu-se obrigado a alargar a área para 120 hectares, nas quais plantou 18 mil plantas.
Segundo Américo Sebastião, pretende-se, na verdade, ter-se um pomar intensivo com tratamento fitossanitário que se apresente necessário.
O objectivo final, segundo o nosso interlocutor, é ocupar uma área de 500 hectares que consiga garantir matéria-prima para alimentar uma unidade de processamento de castanha de caju, que se espera venha a ser instalada a médio e longo prazos naquela região do distrito de Nhamatanda.
Questionado sobre a proveniência das plantas, o sócio do projecto Beira-Boi explicou que as mesmas são enxertadas e adquiridas nos viveiros do Instituto Nacional do Caju (INCAJU), que igualmente presta apoio técnico.
Quanto à produção, a fonte precisou que os cajueiros plantados há três anos já estão a dar frutos, esperando-se que a primeira colheita aconteça na presente safra agrícola.
“Os resultados são encorajadores e pensamos instalar a unidade de processamento, quando a produção atingir entre 500 e 800 toneladas de castanha, o que quer dizer que o sonho pode se tornar realidade daqui há cinco anos”, disse.
Interrogado sobre a estrutura da futura unidade de processamento, o nosso interlocutor afirmou que, neste momento, o aspecto arquitectónico não constitui prioridade, senão o aumento da área de cultivo e a venda da castanha de caju no mercado local.
Quanto ao impacto do projecto, Américo Sebastião afirmou que já foram criados 80 postos de emprego na agricultura e na pecuária. Os animais são fêmeas de espécie local, cruzadas com touros de raças “brahman” e “boran”, provenientes da África de Sul.
O projecto Beira-Boi possui, neste momento, 2100 cabeças. Mensalmente são abatidos 20 animais, cuja carne é comercializada, principalmente, na cidade da Beira.
O projecto iniciou há oito anos e dedica-se à produção completa de carne bovina, ou seja, desde a reprodução até a engorda."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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