terça-feira, 25 de agosto de 2015

NHAMATANDA, PROVINCIA DE SOFALA, MOÇAMBIQUE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE CASTANHA DE CAJÚ PODERÁ SER INSTALADA NOS PRÓXIMOS ANOS NO POVOADO DE SOVIM, LOCALIDADE DE CHEADEIA

UMA unidade de processamento de castanha de caju poderá ser instalada nos próximos anos no povoado de Sovim, localidade de Cheadeia, no distrito de Nhamatanda, em Sofala.
A informação foi avançada, há dias, por Américo Sebastião, sócio-gerente da firma Beira-Boi durante a visita da vice-ministra da Agricultura e Segurança Alimentar, Luísa Meque.
O projecto Beira-Boi, cuja actividade primária se circunscrevia na produção de gado de corte, interessou-se pelo plantio de cajueiros faz três anos, tendo nessa altura ocupado uma área de 30 hectares.
Animado com os resultados alcançados, em 2014, o projecto viu-se obrigado a alargar a área para 120 hectares, nas quais plantou 18 mil plantas.
Segundo Américo Sebastião, pretende-se, na verdade, ter-se um pomar intensivo com tratamento fitossanitário que se apresente necessário.
O objectivo final, segundo o nosso interlocutor, é ocupar uma área de 500 hectares que consiga garantir matéria-prima para alimentar uma unidade de processamento de castanha de caju, que se espera venha a ser instalada a médio e longo prazos naquela região do distrito de Nhamatanda.
Questionado sobre a proveniência das plantas, o sócio do projecto Beira-Boi explicou que as mesmas são enxertadas e adquiridas nos viveiros do Instituto Nacional do Caju (INCAJU), que igualmente presta apoio técnico.
Quanto à produção, a fonte precisou que os cajueiros plantados há três anos já estão a dar frutos, esperando-se que a primeira colheita aconteça na presente safra agrícola.
“Os resultados são encorajadores e pensamos instalar a unidade de processamento, quando a produção atingir entre 500 e 800 toneladas de castanha, o que quer dizer que o sonho pode se tornar realidade daqui há cinco anos”, disse.
Interrogado sobre a estrutura da futura unidade de processamento, o nosso interlocutor afirmou que, neste momento, o aspecto arquitectónico não constitui prioridade, senão o aumento da área de cultivo e a venda da castanha de caju no mercado local.
Quanto ao impacto do projecto, Américo Sebastião afirmou que já foram criados 80 postos de emprego na agricultura e na pecuária. Os animais são fêmeas de espécie local, cruzadas com touros de raças “brahman” e “boran”, provenientes da África de Sul.
O projecto Beira-Boi possui, neste momento, 2100 cabeças. Mensalmente são abatidos 20 animais, cuja carne é comercializada, principalmente, na cidade da Beira.
O projecto iniciou há oito anos e dedica-se à produção completa de carne bovina, ou seja, desde a reprodução até a engorda."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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