Os dados das contas nacionais referentes ao II trimestre de 2014 indicam que os ramos da agricultura, produção animal, caça e silvicultura registaram um crescimento de 6.3% influenciados pelo aumento da produção da mandioca, feijão, tabaco e culturas de rendimento, especificamente citrinos e algodão.
Segundo informação divulgada recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o ramo da pesca, por seu turno, cresceu em 5.5%, por causa do aumento na captura de camarão da pesca comercial e de outros produtos (caranguejo, peixe da água doce e marinho).
Entretanto, as indústrias extractiva e manufactureira registaram um crescimento de 12,6% e 12,5%, respectivamente.
Enquanto isso, o ramo da electricidade, gás e água cresceu 5.8%, tendo sido determinante para esta tendência a produção energia pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Na área de construção e montagem registou-se um crescimento de 10.0%, como resultado do volume de investimentos na construção e reabilitação de infra-estruturas públicas e privadas, nomadamente a asfaltagem das estradas (Nampula-Cumba, Marrupa-Ruaça, Mueda-Oasse, Mocimboa da Praia-Palma-Namoto), a construção da estrada circular em Maputo; do novo edifício do Banco de Moçambique, Fábrica Coca-Cola Sabco em Maputo e conclusão das obras de construção dos edifícios da Presidência da República, Aeroporto Internacional de Nacala e hospital provincial de Maputo.
Entretanto, o desempenho dos serviços de comércio e reparação teve um crescimento na ordem de 6.1% no II trimestre, resultado do comportamento positivo registado no sector real.
O ramo dos e transportes e comunicações cresceu em 3.9% como resultado do aumento nos serviços de transporte ferroviário de carga e do manuseamento portuário, para além do aumento do volume do tráfego de carga da marinha mercante derivada da revitalização da cabotagem.
Relativamente ao transporte ferroviário, embora com um decréscimo no tráfego de passageiros motivado pela interrupção temporária nas linhas-férreas de Limpopo e de Ressano Garcia, e da Linha de Sena devido às chuvas torrenciais, estes serviços foram compensados pelo transporte ferroviário de carga.
No transporte rodoviário registou-se crescimento significativo resultante do surgimento de novos operadores, devido, sobretudo, ao incremento da produção nos diferentes sectores como agrícola, comércio, construção e reabilitação de infra-estruturas rodoviárias.
O sector de transporte marítimo registou igualmente um aumento do número de passageiros devido ao impacto positivo das embarcações em serviço nas travessias Maputo-Catembe, Maputo-Inhaca, Inhambane-Maxixe, Beira-Búzi, Quelimane-Recamba, Quelimane-Chinde e no Lago Niassa.
Nas comunicações destacaram-se o crescimento na telefonia móvel devido a diferentes estratégias de marketing que estimulam a procura e aumento dos serviços das comunicações aliado à oferta de novos e modernos pacotes de serviços.
Segundo o INE, o ramo de restauração teve um crescimento de 7.9%, mercê do aumento da procura destes serviços e, consequentemente, o aumento do número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros e do volume de negócios."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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