A CONSTRUÇÃO das barragens de Lupata e Boroma, ao longo do Rio Zambeze, na província de Tete, facilitará o desenvolvimento da agricultura, do agro-negócio e florestas.
Esta convicção é dos proponentes do projecto, que acreditam que, quando concluídas, as duas albufeiras contribuirão para minorar os efeitos das cheias que ciclicamente têm afectado de forma dramática as populações que vivem ao longo do Vale do Zambeze e nos distritos ribeirinhos.
Um passo importante para a construção das duas hidroeléctricas foi dado há dias em Maputo, com a assinatura dos respectivos contratos de Concessão entre o Governo e as sociedades hidroeléctricas de Boroma e de Lupata.
As duas concessões atribuídas pelo Conselho de Ministros, vão também permitir a construção de duas barragens de grande dimensão para a geração de 800 MW de energia hidroeléctrica ao longo do Rio Zambeze, que serão essenciais para satisfazer a crescente demanda doméstica de energia eléctrica, atendendo às necessidades do país, e o remanescente poderá ser exportado para a região da África Austral, de modo a aproveitar a oportunidade que a região representa.
As sociedades fazem parte de um grupo moçambicano e do consórcio de empresas que o integram, designadamente a sociedade Sonipal, Limitada, as sociedades Hydroparts, Ruthland e Cazembe Holdings, em parceria estratégica com a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM).
Paulo Ratilal, em representação das sociedades proponentes, disse na ocasião que Moçambique é um país extenso, com elevada taxa de novas ligações, com uma média de 120 000 novas ligações por ano e uma demanda de energia que cresce cerca de 14 a 16 por cento por ano.
No entanto, segundo ele, existem ainda défices de oferta de energia para ocorrer às crescentes necessidades da economia e da sociedade, o que constitui um grande desafio para o nosso país.
“Nos próximos anos, só na cidade de Maputo, estão previstos cerca de 100 novos prédios residenciais e de escritórios, bem como vários condomínios. Nos outros centros urbanos, estão igualmente previstas novas construções, com destaque para Beira, Nacala, Pemba, para além dos corredores de desenvolvimento e zonas económicas especiais, pólos de desenvolvimento como Nacala, Beluluane, Manga, Dondo, Tete, Palma, entre outros”, disse Paulo Ratilal.
A fonte referiu que estão igualmente projectadas novas indústrias açucareiras, petroquímicas, cimenteiras, minas, hotelaria, agro-processamento, portos, entre outros.
“Estas dinâmicas de crescimento requerem mais electricidade, preferencialmente de energia renovável e limpa”, frisou"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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