"Economia
Empresa florestal nasce no Niassa
Maputo, Sábado, 12 de Janeiro de 2013Trata-se da UPM Florestal Oriental, conhecida por Florestas do Planalto, cujo
memorando de entendimento foi assinado pelo ministro da Agricultura do nosso
país, José Pacheco, e por Ricardo Methol, vice-pesidente daquela empresa com
sede no Uruguai.Falando às comunidades, que acorreram ao local da cerimónia, José Pacheco deu
a conhecer que, nos últimos cinco anos, foram estabelecidos em todo o país,
cerca de 65 mil hectares de plantações florestais os quais empregam cerca de
oito mil trabalhadores, entre efectivos e sazonais, na sua maioria membros das
comunidades que residem onde os projectos se desenvolvem.A maior parte dessas plantações se encontram na província do Niassa, que
absorve cerca de 33 mil hectares, seguido das províncias de Manica, Zambézia e
Nampula.De acordo com o ministro da Agricultura, este facto deve-se à implementação
dos programas do governo através de atracção de investimentos para desenvolver
plantações florestais comerciais e industriais como forma de materializar o
Plano de Acção para o Reflorestamento, um dos instrumentos implementador do
Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário, PEDSA.O memorando de entendimento ora assinado prevê a realização pela empresa
Florestas do Planalto de plantios em cerca de 200 mil hectares de um total de
676 mil, que constituem o potencial do Planalto de Lichinga reservado a
realizações de plantações florestais. Como resultado destes plantios, serão
produzidos cerca de seis milhões de metros cúbicos de madeira/ano, matéria-prima
que será usada para o abastecimento à indústria de polpa, para o fabrico de
papel.José Pacheco disse na altura que o surgimento da Florestas do Planalto vem
aumentar o número de postos de trabalho, com mais seis mil novos postos directos
e 30 mil indirectos, explicando que esses postos de trabalho aparecerão de forma
gradual, permitindo desta feita, um aumento considerável da renda familiar das
comunidades residentes no Planalto de Lichinga.Para além dos benefícios sociais e económicos, segundo aquele governante, o
novo investidor tem a responsabilidade de transferir tecnologias para as
comunidades que aderirem ao projecto, bem como desenvolver parcerias sãs com as
comunidades, tendo em conta assegurar maiores benefícios para este grupo alvo.
Neste contexto, ordenou Pacheco, o projecto deverá garantir que, pelo menos,
10 por cento da área requerida seja reservada para a produção de alimentos e 30
por cento para a produção de florestal por contrato. “Trata-se, portanto, de um
desafio e, ao mesmo tempo, de uma oportunidade para o crescimento das plantações
florestais que, a médio e longo prazos, possibilitará o surgimento da indústria
florestal em Niassa”, explicou o titular da pasta da Agricultura.Num outro desenvolvimento, Pacheco referiu-se a problemas ambientais,
explicando que o estabelecimento de plantações florestais para fins comerciais e
industriais assegura a sustentabilidade ambiental, a redução do efeito da
emissão dos gases de estufa, no âmbito da mitigação dos efeitos das mudanças
climáticas, e permite o aumento do volume da exportação de produtos florestais,
bem como o aumento da renda familiar através do incremento de postos de
trabalho, uma acção combinada que contribui para a redução da pobreza nas
comunidades.Por sua vez, a Secretária Permanente Provincial de Niassa, Verónica Ernesto
Langa, que representou o governo no acto, enalteceu o importante papel que as
empresas florestais estão a desempenhar no seio das comunidades e apelou ao novo
investidor para agir de conformidade com as leis e demais regras vigentes no
país, melhorando e respeitando as relações de trabalho com as
comunidades.
Notícias.
Recordou ainda que a vinda da UPM Florestal Oriental – Florestas
do Planalto - ao Niassa é resultado de uma viagem de atracção de investimentos
estrangeiros que o governador de Niassa, David Ngoane Malizane, realizou ao
Uruguai para, entre outras coisas, se inteirar da forma como o reflorestamento
está a ser feito naquele país sul-americano de forma sustentável.
André Jonas" Fonte Jornal NOTICIAS.
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