terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FMI FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL CONSIDERA DESEMPENHO DE MOÇAMBIQUE EXTRAORDINÁRIO, POSITIVO PORTANTO.


"FMI faz avaliação positiva do país


O CONSELHO de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu há dias a quinta avaliação do desempenho económico da República de Moçambique no âmbito do acordo trienal, ao abrigo do Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI).Maputo, Terça-Feira, 25 de Dezembro de 2012:: Notícias Segundo o FMI, num comunicado de Imprensa a que o “Notícias” teve acesso, a despeito de uma conjuntura externa delicada, o desempenho económico de Moçambique em 2012 foi extraordinário, tendo como base um historial de políticas económicas sólidas que efectivamente conseguiram apoiar o crescimento e, ao mesmo tempo, baixar a inflação e reforçar as reservas internacionais.Estima-se que o crescimento real do PIB atinja 7,5 por cento em 2012, beneficiado pelo desempenho robusto do sector de serviços e de um contributo mais significativo do que o esperado do nascente sector do carvão, enquanto a inflação permanece em baixa. Embora os riscos ao nível mundial sejam consideráveis, o aumento da extracção de carvão continuará a impelir o crescimento económico de Moçambique, e a estabilidade económica do país e o conjunto de políticas prudentes postas em práticas nos últimos anos devem ajudar a economia a fazer face à desaceleração mundial. O abrandamento gradativo da política monetária em 2012, ainda de acordo com o Conselho de Administração do FMI, apoiou a expansão do crédito ao sector privado, preservando também o ambiente de baixa inflação. A execução prudente do orçamento de 2012 contribuiu para um conjunto de políticas judiciosas que estimularam a estabilidade económica mesmo em face das incertezas no plano internacional.Todos os critérios de avaliação para o final de Junho de 2012, de acordo com a fonte, foram cumpridos, com a excepção da ultrapassagem temporária do limite ao crédito líquido ao Governo. Os progressos nas reformas estruturais também foram, de modo geral, satisfatórios, apesar de alguns atrasos. O programa económico das autoridades no âmbito do PSI continuará a enfatizar a
preservação da estabilidade económica e a sustentabilidade da dívida, em simultâneo com a promoção do desenvolvimento económico e social.A política monetária estará virada para a expansão do crédito ao sector privado, sem perder de vista o compromisso com a meta de inflação a médio prazo. O empenho em reforçar a supervisão e o quadro de gestão de crises protegerá o sector financeiro dos impactos transfronteiriços. Tendo como base um orçamento prudente para 2013, o objectivo das políticas públicas será utilizar o espaço fiscal disponível para suprir as necessidades infra-estruturais e apoiar o alargamento das redes de protecção social, de modo a estimular o crescimento inclusivo, em consonância com a estratégia de redução da pobreza (PARP) das autoridades para o quadriénio 2011-2014. O uso prudente do endividamento externo em condições não concessionais irá ajudar a eliminar as brechas entre as vastas necessidades do país em matéria de infra-estruturas e a tendência de redução dos apoios por parte dos doadores, enquanto os avanços no fortalecimento das instituições e capacidades contribuirão para a melhor gestão da riqueza dos recursos naturais de Moçambique. As reformas estruturais do programa têm como foco a melhoria da gestão financeira pública, inclusivamente a gestão da dívida, a política e administração fiscal, e o enquadramento de política monetária. O Conselho de Administração aprovou o segundo acordo trienal com Moçambique ao abrigo do PSI a 14 de Junho de 2010. O enquadramento do PSI foi concebido visando países de baixo rendimento que talvez não necessitem de recorrer à assistência financeira do FMI mas, ainda assim, tenham interesse em trabalhar em estreita cooperação com o fundo para a elaboração e o endosso dos seus quadros de política. Os programas apoiados por esse instrumento têm como base as estratégias nacionais de redução da pobreza elaboradas num processo participativo que envolve a sociedade civil e os parceiros de desenvolvimento. O desempenho dos países-membros, no âmbito do PSI, é avaliado a cada seis meses. O Conselho de Administração toma decisões por decurso de prazo quando considera que uma proposta pode ser avaliada sem a necessidade de convocar discussões formais." Fonte Jornal NOTICIAS.

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