MOÇAMBIQUE MANTÉM-SE UM PAÍS DE OPORTUNIDADES
Pesquisando informação recente sobre Moçambique, sobre os mais diversos sectores de actividade, analisando Província a Província, melhor ainda deslocando-se ao País de forma minimamente programada, organizada e direccionada, seja pequeno, médio ou grande empresário, logo constatará que não dá o seu tempo como perdido.
Há no entanto, e, se me permitem acautelar mais algumas situações, Moçambique é um País imenso, então há que visitar de uma primeira vez, duas, três, quatro Províncias, mesmo assim têm de dispor do tempo adequado, as ligações aéreas entre as diversas capitais de Província são quase diárias ou regulares, mas como a procura por este mercado é grande há que ter atenção prévia quanto à reserva e aquisição dos bilhetes e em particular assegurar o alojamento, vai-se tornando vulgar e ao longo do ano os hotéis encontrarem-se lotados ou quase.
Maputo a capital, tem ainda as suas oportunidades disponíveis, há mais concorrência, tem as características tradicionais de uma grande capital. Mas a Província de Maputo e a cidade da Matola, são espaços também a percorrer. Embora possa parecer um termo batido e conhecido, mas de facto a qualidade, seja do serviço, do produto ou do equipamento, ainda tem espaço.
Saindo da capital percorrendo o litoral ou o interior, pelo País fora chega às Províncias da “moda”, Sofala, Tete e Nampula. Mas o Niassa já desperta, como as restantes Províncias dependendo daquilo que se pretende, daquilo que se procura, não se distraia.
Ainda recentemente na Província de Nampula, mais propriamente dito em Nacala Porto e ouvindo o dinâmico e empreendedor Presidente do Município, Chale Ossufo, tudo faz falta nesta cidade em notório crescimento: condomínios habitacionais, restaurantes de pequena e média dimensão, supermercados, hotéis, residenciais, empresas com equipamentos adequados para obras de construção civil e outro tipo de infra estruturas, incluindo o aluguer dos mesmos, formação profissional nas mais diversas áreas, o mercado esse, é evidente!
A recente homenagem realizada no Porto aos dois diplomatas cessantes moçambicanos Embaixador Miguel Mkaima e Cônsul Carlos Manhiça, evidenciaram o trabalhado por si desempenhado em Portugal e a importância que este País, suscita pela larga participação no evento.
A dinâmica instalada na Província de Tete, pelo carvão já em exploração a partir de Moatize e a caminho do porto da Beira em Sofala, por caminho de ferro, tendo saído há poucas semanas o primeiro navio, catapultou situações e oportunidades, ainda nem de perto, nem de longe esgotadas, pelo empresariado nacional ou estrangeiro. Mas Tete é também a agricultura, a albufeira de Cabora Bassa, as oportunidades da natureza e do turismo que espreitam, naquela Provncia atravessada pelo Zambeze.
Em Sofala, a Beira com o seu porto normalmente operativo, sem tempo de espera, com descarga e carga de contentores, movimentados em tempo de média internacional, a cidade com movimento fora do normal, deslocando-se até ao Dondo, é a azáfama da área industrial, bem junto à estrada principal que liga ao centro, norte e sul do País, aos Países vizinhos, Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e Congo. Pessoas e mercadorias circulam em ritmo intenso, o caminho de ferro de boa qualidade é mesmo uma necessidade incontornável.
Coincidência ou não, o facto é que há muito mais empresários a deslocarem-se a Moçambique, integrados em missões empresariais, por sua iniciativa, as nossas representações diplomáticas com o toque evidente da “diplomacia económica”, que nos apraz registar.
Nem tudo são rosas, onde há ainda dificuldades são nos financiamentos, nas taxas de juro praticadas, nas linhas de crédito que não chegam, isto falando de projectos credíveis e de retorno assegurado a breve prazo na óptica empresarial.
Enfim, será que haveria necessidade de termos a troika se há cinco, dez anos atrás, tivéssemos tido maior atenção a mercados como Angola, Brasil e Moçambique? Sei que não sou o único a colocar a questão.
Augusto Macedo Pinto, Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal, macedopinto@teledata.mz , http://nandiiwe.blogspot.com , Publicado Revista da Qualidade, Outubro 11 Edição 33, Pág 8, Internacionalização, distribuída com a Edição do Jornal SOL, Sexta-feira, 7 de Outubro de 2011.
Pesquisando informação recente sobre Moçambique, sobre os mais diversos sectores de actividade, analisando Província a Província, melhor ainda deslocando-se ao País de forma minimamente programada, organizada e direccionada, seja pequeno, médio ou grande empresário, logo constatará que não dá o seu tempo como perdido.
Há no entanto, e, se me permitem acautelar mais algumas situações, Moçambique é um País imenso, então há que visitar de uma primeira vez, duas, três, quatro Províncias, mesmo assim têm de dispor do tempo adequado, as ligações aéreas entre as diversas capitais de Província são quase diárias ou regulares, mas como a procura por este mercado é grande há que ter atenção prévia quanto à reserva e aquisição dos bilhetes e em particular assegurar o alojamento, vai-se tornando vulgar e ao longo do ano os hotéis encontrarem-se lotados ou quase.
Maputo a capital, tem ainda as suas oportunidades disponíveis, há mais concorrência, tem as características tradicionais de uma grande capital. Mas a Província de Maputo e a cidade da Matola, são espaços também a percorrer. Embora possa parecer um termo batido e conhecido, mas de facto a qualidade, seja do serviço, do produto ou do equipamento, ainda tem espaço.
Saindo da capital percorrendo o litoral ou o interior, pelo País fora chega às Províncias da “moda”, Sofala, Tete e Nampula. Mas o Niassa já desperta, como as restantes Províncias dependendo daquilo que se pretende, daquilo que se procura, não se distraia.
Ainda recentemente na Província de Nampula, mais propriamente dito em Nacala Porto e ouvindo o dinâmico e empreendedor Presidente do Município, Chale Ossufo, tudo faz falta nesta cidade em notório crescimento: condomínios habitacionais, restaurantes de pequena e média dimensão, supermercados, hotéis, residenciais, empresas com equipamentos adequados para obras de construção civil e outro tipo de infra estruturas, incluindo o aluguer dos mesmos, formação profissional nas mais diversas áreas, o mercado esse, é evidente!
A recente homenagem realizada no Porto aos dois diplomatas cessantes moçambicanos Embaixador Miguel Mkaima e Cônsul Carlos Manhiça, evidenciaram o trabalhado por si desempenhado em Portugal e a importância que este País, suscita pela larga participação no evento.
A dinâmica instalada na Província de Tete, pelo carvão já em exploração a partir de Moatize e a caminho do porto da Beira em Sofala, por caminho de ferro, tendo saído há poucas semanas o primeiro navio, catapultou situações e oportunidades, ainda nem de perto, nem de longe esgotadas, pelo empresariado nacional ou estrangeiro. Mas Tete é também a agricultura, a albufeira de Cabora Bassa, as oportunidades da natureza e do turismo que espreitam, naquela Provncia atravessada pelo Zambeze.
Em Sofala, a Beira com o seu porto normalmente operativo, sem tempo de espera, com descarga e carga de contentores, movimentados em tempo de média internacional, a cidade com movimento fora do normal, deslocando-se até ao Dondo, é a azáfama da área industrial, bem junto à estrada principal que liga ao centro, norte e sul do País, aos Países vizinhos, Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e Congo. Pessoas e mercadorias circulam em ritmo intenso, o caminho de ferro de boa qualidade é mesmo uma necessidade incontornável.
Coincidência ou não, o facto é que há muito mais empresários a deslocarem-se a Moçambique, integrados em missões empresariais, por sua iniciativa, as nossas representações diplomáticas com o toque evidente da “diplomacia económica”, que nos apraz registar.
Nem tudo são rosas, onde há ainda dificuldades são nos financiamentos, nas taxas de juro praticadas, nas linhas de crédito que não chegam, isto falando de projectos credíveis e de retorno assegurado a breve prazo na óptica empresarial.
Enfim, será que haveria necessidade de termos a troika se há cinco, dez anos atrás, tivéssemos tido maior atenção a mercados como Angola, Brasil e Moçambique? Sei que não sou o único a colocar a questão.
Augusto Macedo Pinto, Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal, macedopinto@teledata.mz , http://nandiiwe.blogspot.com , Publicado Revista da Qualidade, Outubro 11 Edição 33, Pág 8, Internacionalização, distribuída com a Edição do Jornal SOL, Sexta-feira, 7 de Outubro de 2011.
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