sexta-feira, 20 de maio de 2011

MOÇAMBICANOS NA DIÁSPORA PRESIDENTE DA REPÚBLICA ARMANDO GUEBUZA CONSIDERA-OS EMBAIXADORES DO PAÍS

Guebuza diz que moçambicanos na diáspora são "embaixadores" do País. Windhoek (Namíbia), 20 Maio (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza, considera que os moçambicanos residentes na Namíbia são embaixadores do seu país, razão pela qual exorta-os a usarem a sua iniciativa empreendedora para criar uma maior interdependência positiva na área económica entre ambos os países e povos.“Temos aqui moçambicanos que conhecem este país (Namíbia), que conhecem o seu país (Moçambique), por isso, pensamos que esta é uma grande oportunidade que nós temos para apelar aos nossos compatriotas para fazerem algo mais para uma ligação económica mais sólida atraindo investimentos e encontrando formas de explorarmos muitas coisas que podem existir aqui e que não exploramos devidamente”, disse Guebuza, durante um encontro mantido com a comunidade moçambicana no início da noite de quinta-feira, em Windhoek, último dia da sua visita oficial a Namíbia. Guebuza, que falava perante uma audiência de cerca de duas dezenas de moçambicanos residentes na Namíbia, arrolou uma série de dificuldades que afectam o desenvolvimento de Moçambique, entre as quais a alta dos preços de combustível no mercado mundial. Esta crise é exacerbada pelas guerras no norte de África e nos países árabes, que também são produtores de petróleo, uma situação que desencadeou uma acção especulativa pela parte dos intermediários envolvidos nesta área do petróleo.“O problema do combustível não é somente do produtor. É um problema dos intermediários, que são especuladores e se aproveitam do ambiente para alimentar mais crises e ganhar mais um pouco e isso para nós significa mais crises nos nossos países”, explicou.Por isso, disse Guebuza, Moçambique e outros países amigos, tais como a Namíbia, estão a analisar a situação para estudar formas de reduzir o seu impacto negativo e as acções que deverão ser tomadas como um grupo. Segundo Guebuza, o governo tem a consciência de que, até agora, o relacionamento entre os dois países tem privilegiado muito o aspecto político e não outras áreas. “Temos áreas onde podemos fazer muito mais. Há uma área que já está relativamente avançada, que é a área das pescas, onde já existem acordos e ambos os países têm trabalhado em conjunto, mas ainda há espaço para fazermos mais”, disse.
O turismo foi outra área arrolada por Guebuza, tendo em conta que a Namíbia possui muita experiência na matéria, enquanto que Moçambique ainda tem muito por explorar. Por isso, disse Guebuza, “eu queria dizer que vocês são os nossos embaixadores. Se têm ideias que possam utilizar para criar uma interdependência positiva maior na área económica, incluindo as áreas de arte e cultura, estamos abertos e contamos com a vossa contribuição”.Para ganhar uma maior expressão, Guebuza encorajou os moçambicanos a canalizarem os seus projectos através de uma associação. “Organizem-se através de uma maior associação para que possam ganhar uma maior expressão nas negociações com o governo”, disse. Nesta deslocação á Namíbia, Guebuza fazia-se acompanhar de vários ministros, incluindo representantes das três bancadas parlamentares, nomeadamente o vice-presidente da Assembleia da República, Viana Magalhães, Moreira Vasco, da bancada da Frelimo, partido no poder, e Geraldo Carvalho, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). O actual ordenamento jurídico refere que sempre que possível e durante as visitas do Estado o Presidente também deverá incluir na sua delegação representantes das forças políticas na Assembleia da República. “Isso, além de ser bom para o convívio entre moçambicanos, também permite a exposição de todas as forças políticas a mesma realidade, algo que é muito importante para a compreensão das atitudes uns dos outros para melhor comunicar a ideia do Estado moçambicano”, explicou Guebuza. Tomando a palavra, o Ministro do Turismo, Fernando Sumbana, incentivou os moçambicanos a investir no seu próprio país, através do Centro de Promoção de Investimentos. “Existem muitos benefícios fiscais para a rápida recuperação dos vossos investimentos. Na área do turismo, Moçambique possui incentivos adicionais comparativamente a outros sectores. Se tiverem que levar equipamentos para equipar um hotel, o Estado moçambicano isenta os direitos, o mesmo sucede com materiais que não são produzidos em Moçambique obtêm uma isenção de direitos de importação, enquanto que noutras áreas já existe alguma limitação”, rematou." Fonte Portal do Governo.

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