quarta-feira, 17 de novembro de 2010

TETE - 25 - SEGUNDA PONTE SOBRE O ZAMBEZE EM TETE É REALIDADE

"TETE - Segunda ponte sobre “Zambeze” é realidade. O projecto de construção da segunda ponte sobre o rio Zambeze, na cidade de Tete, já é uma realidade desde Agosto último, com a montagem do estaleiro e aprovisionamento de material necessário a ser empregue na obra cujo trabalho vai decorrer até Dezembro próximo.Maputo, Quinta-Feira, 18 de Novembro de 2010:: Notícias , Jorge Costa, ligado à execução do novo empreendimento, disse ao nosso Jornal que a ponte sobre o leito daquele curso de água, com uma extensão de cerca de 715 metros de comprimento, será construída através do método de avanços sucessivos a partir dos pilares, com recurso a dois pares de carrinhos de avanço. Explicou que o vão máximo entre os pilares terá, aproximadamente 115 metros de comprimento. O empreendimento contempla um viaduto, que se localiza nas ilhas da margem do bairro Mphadue com cerca de 865 metros de comprimento e 16 vãos, sendo o afastamento maior entre pilares de 55 metros. Toda a infra-estrutura tem cerca de 1.5 quilómetro. O projecto da nova ponte sobre o Zambeze, na cidade de Tete, segundo Jorge Costa, consiste na concepção e construção de uma infra-estrutura de grande engenharia composta por um viaduto de acesso e uma ponte sobre o rio, bem como dos acessos imediatos em ambas as margens, numa extensão de cerca de 15 quilómetros. A obra que ficará localizada a cerca de cinco quilómetros a jusante da actual Ponte Samora Machel que atravessa a cidade de Tete, será construída em 42 meses consecutivos e com um orçamento de cerca de 105 milhões de euros. O consórcio construtor é composto por três empresas portuguesas, nomeadamente a Mota-Engil Engenharia e Construção, Soares da Costa Construções e a Opway, cabendo à primeira a liderança da empreitada. “A estrutura da planta da nova ponte é igual a da Ponte Armando Guebuza, em Caia, que liga o país do norte ao sul. A única diferença é apenas o comprimento, pois a ponte do Caia tem cerca de 2,5 quilómetros e a de Tete com menos 1000 metros”, disse o nosso entrevistado. Jorge Costa, apontou ainda que os acessos imediatos à ponte, serão construídos de raiz, repartidos em cerca de 3 quilómetros da zona do bairro Mphadue até à ponte e perto de 12 quilómetros de estrada do lado da margem de Benga até próximo do cruzamento de Capanga, no rio Revóbuè. No que se refere ao projecto, estão sendo respeitados todos os cuidados para minimização do movimento da terra, procurando sempre na medida do possível garantir a segurança no que concerne à cota máxima de cheias resultante das descargas da Hidroeléctrica de Cahora Bassa e não só, como das águas escoadas pelos grandes afluentes do Zambeze a jusante do empreendimento da empresa HCB.  Segundo o nosso entrevistado, do valor total do projecto, 59.855.409 euros vão para a obra da ponte e viaduto, 26.535.423 para os acessos imediatos e 18.609.168 para a reabilitação da estrada do corredor de Zóbuè, Tete e Cuchamano, que serve de trânsito de camiões de grande tonelagem que transportam mercadorias que abastecem os países do hinterland, como Malawi, Zâmbia, R.D Congo, Zimbabwe e África do Sul.  Jorge Costa referiu ainda que o consórcio vai, simultaneamente, no próximo ano, arrancar com as obras de reabilitação de cerca de 260 quilómetros de estrada do corredor Zóbuè-Tete e Cuchamano que faz as ligações da cidade de Tete às fronteiras com o Zimbabwe, através de Harare e com o Malawi através de Blantyre e Lilongwé. Entretanto, estão numa fase bastante adiantada os trabalhos de montagem do estaleiro, cuja conclusão está prevista para Dezembro próximo estando também a decorrer os trabalhos de sondagens do tipo dos solos que se localizam na zona do viaduto, uma acção que visa dar lugar ao início das fundações especiais para a implantação das estacas. “Estamos a encontrar zonas de areia que vão até aos 60 metros de profundidade e depois atingimos a rocha dura como limite onde poderão ser formadas as estacas. Temos estacas desde os 30 metros até aos 70 metros de altura variando da profundidade de cada zona do rio”, disse, explicando que no pico da execução da obra, o projecto vai empregar mão-de-obra de cerca de 400 operários dos quais 50 serão estrangeiros. Bernardo Carlos" Fonte Jornal NOTICIAS.

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