terça-feira, 11 de outubro de 2022
TMCEL E LAM GOVERNO DE MOÇAMBIQUE ADMITE CENÁRIO DE PRIVATIZAÇÃO
11-10-2022 15:08
Governo moçambicano admite privatizar transportadora LAM e telefónica Tmcel
Governo moçambicano admite privatizar transportadora LAM e telefónica Tmcel
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Maputo, 11 out 2022 (Lusa) - O Governo moçambicano admite a possibilidade de privatização das empresas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e Tmcel (telecomunicações) para resgate das duas companhias face “à complicada situação financeira” em que se encontram, disse hoje fonte ligada ao processo.
A privatização “é um dos cenários a ter em conta, mas o destino final a dar a estas empresas vai resultar de um processo de reflexão em curso”, avançou a fonte à Lusa.
Até dezembro, prosseguiu, “é provável que haja uma decisão” sobre o futuro da LAM e da Tmcel.
Uma análise do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental moçambicana, divulgada na semana passada, aponta-as como tecnicamente insolventes, a sobreviver de injeções de capital e de garantias do Estado para responder perante os credores, e, como tal, representando um elevado risco para as contas públicas.
A informação está em linha com as declarações feitas no domingo pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, ao canal privado de televisão Media Mais, segundo as quais está a ser ponderada a entrega de ambas as empresas a privados, remetendo uma decisão para a avaliação em curso sobre o melhor cenário.
Em agosto, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, admitiu que a LAM e a Tmcel precisam de uma restruturação para entrarem na via da sustentabilidade.
“Temos estado a discutir o caso da restruturação da LAM e da Tmecel”, enfatizou na altura.
As mudanças nas duas empresas, acrescentou, são parte de uma restruturação do setor empresarial do Estado (SEE), visando o saneamento financeiro das que enfrentam dificuldades.
Reforçar a fiscalização e gestão das empresas do SEE e melhorar o controlo da dívida pública são compromissos do Governo moçambicano com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito do programa de assistência financeiro de 470 milhões de dólares (sensivelmente o mesmo valor em euros) até 2025.
PMA // LFS
Lusa/Fim
FONTE LUSA
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