“HISTÓRIAS DA AVIAÇÃO
DAKOTA PARA SEMPRE, POR RICARDO REIS.
O dia 17 de
Dezembro de 1935 marca o nascimento de uma referência da aviação: o DOUGLAS
DC3, carinhosanente conhecido por DAKOTA. Essa data marca um antes e um depois,
o momento em que o transporte aéreo se tornou finalmente rentável, o principio do acesso dos comuns
mortais ao voo de A para B.
Ao longo
destes 83 anos, o DC – 3 encontrou uma imaginação dos humanos um outro
combustivel para voar, uma mistura de amor e fascinio que permeia a comunidade
aeronáutica. No panteão das máquinas aéreas nenhuma outra lhe faz sombra. Um
exemplo é a história de Hans Wiesman, um lolandês criado na Indonésia nos anos
50. Se não se recorda do primeiro voo em DAKOTA – tinha dois anos apenas -, o
segundo ficou-lhe gravado para sempre na memória. Não é surpreendente, o motivo de voar no DAK foi um crâneo rachado
e suturado a quente. Dessa viagem – para validar com raios X a ausência de outros danos – ficou um elo de
fascínio pela máquina alada. Elo que, qual magma primordial, aflorava de quando
em vez durante o seu trabalho de
executivo no mundo da publicidade. O pedido de um amigo acabou por fazer o
clique final. Previdentes e conhecedores das vicissitudes da vida operacional ,
os engenheiros da Douglas projetaram as pontas das asas do DAKOTA para serem
facilmente substituiveis. Foi uma dessas pontas de asa que o seu amigo comprou
numa feira na Califórnia. Hans viu a oportunidade de as transformar em belas
secretárias, um objecto de salivar para qualquer aficcionado do ar. Começou
assim uma nova fase da sua vida, espécie de Indiana Jones à caça das penas de
aves preciosas, a saltar nos
Hangares dos EUA para a selva da
América Latina, das praias da Tailãndia à Ilha de Madagascar , testemunhando as
várias peles vestidas pelo imortal DC – 3. O fascínio de criança é um químico
revelador deste avião., fio condutor da grande trama humana, unindo o cidadão
comum, negociantes, pilotos e, claro, uma ou outra personagem dúbia.
“Apenas um
DC – 3 pode substituir um DC – 3”, diz a sabedoria do homem do ar. Se hoje são
menos numerosos ( ainda hoje é o transporte comercial mais fabricado de sempre
, 16.079 exemplares), a sua recuperação é mais provável do que qualquer jato
mais recente. Remotorizado como turboprop, para maior desempenho, o DAKOTA
renasce constantemente, singular filho do engenho humano. Espera-se a chegada
de 2036 para celebrar os seus cem anos...desejo partilhado por todos os
aficcionados do mais venerável dos seres metálicos alados.”
NB:
Viajei muitas vezes em Moçambique no DAKOTA, registo dois episódios: em Agosto de 1970, Beira/ Lourenço Marques, hoje Maputo, só com autorização do Comandante António Figueiredo, entrei no avião. Grande profissional e amigo que nunca esquecerei. Algures 1977 com João Carneiro Gonçalves, saudoso amigo, Maputo Tete, no aeroporto de Tete aterrou só com um motor o outro havia avariado no ar e posto em bandeira, parado. Aterrou que nem uma pluma, apenas não conseguia percorrer a pista a direito, pois andava em circulo.
NB:
Viajei muitas vezes em Moçambique no DAKOTA, registo dois episódios: em Agosto de 1970, Beira/ Lourenço Marques, hoje Maputo, só com autorização do Comandante António Figueiredo, entrei no avião. Grande profissional e amigo que nunca esquecerei. Algures 1977 com João Carneiro Gonçalves, saudoso amigo, Maputo Tete, no aeroporto de Tete aterrou só com um motor o outro havia avariado no ar e posto em bandeira, parado. Aterrou que nem uma pluma, apenas não conseguia percorrer a pista a direito, pois andava em circulo.
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