A POPULAÇÃO do distrito de Magude, na província de Maputo, será submetida nos próximos dias a um tratamento massivo contra a malária, com o intuito de reduzir mortes devido à doença.
A acção, a decorrer em parceria com a Fundação Manhiça, pretende intervir de forma dirigida com métodos de prevenção, como o uso de redes mosquiteiras e pulverização intra-domiciliária, bem como de cura como a administração de medicamentos em massa.
O distrito de Magude será o primeiro a beneficiar desta abordagem, uma experiência que poderá ser replicada em outras regiões do país onde a incidência da malária constitui preocupação, numa perspectiva de acelerar a interrupção da transmissão no quadro da eliminação da malária em Moçambique.
A informação foi dada a conhecer ontem na Matola pela administradora do distrito de Magude, Cristina Mafumo, durante a XVIII Sessão do Governo da Província de Maputo, que juntou responsáveis de diversas áreas para debater diversos assuntos de interesse público.
Entre os assuntos avaliados destaque vai para o Plano de Pormenor de Macanda, no distrito da Namaacha, o informe sobre o projecto Chave na Mão, da Direcção Províncias das Obras Públicas e Habitação (DPOPH), o regulamento de gestão e controlo do saco plástico e casamentos colectivos dos combatentes.
A sessão foi orientada pelo governador da Raimundo Diomba, e contou com a presença de parceiros de cooperação que trabalham nas áreas de infra-estruturas, saúde pública e investidores do sector de ecoturismo e fauna.
Segundo Mafumo, pretende-se ver como é que a malária se comporta numa situação de combinação de intervenções com todos os meios de controlo alocados no terreno. A partir daí vai se avançar na busca de mecanismos para canalizar mais recursos noutras áreas onde haja problemas similares.
A administração massiva de tratamento para eliminar a malária será orientada em duas rondas. A primeira será de 5 a 16 de Outubro e a segunda de 9 a 20 de Novembro. A toma do medicamento será feita em três dias consecutivos, sendo a primeira na presença da brigada da saúde. Os mais de 60 mil habitantes do distrito serão ministrados Eurartesim, nome composto de um medicamento com dois componentes activos contra a malária.
“A primeira fase da iniciativa consistiu em actividades de controlo vectorial e capacitação técnica e operacional e a mesma ajudou a reduzir o número de casos de malária de forma significativa”, explicou, sem avançar números.
No contexto da iniciativa, serão ainda realizadas visitas porta-a-porta para teste de malária e oferecer um meio de prevenção e tratamento contra a doença a todos os membros da família, com excepção de crianças menores de seis meses e mulheres grávidas, estejam ou não doentes.
Segundo a administradora, é importante que as pessoas aceitem as medidas de intervenção ora em curso, permitindo o acesso à casa para a pulverização, o uso de redes mosquiteiras e a melhoria do saneamento, pois estes são métodos que concorrem para a erradicação da doença."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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