sexta-feira, 6 de junho de 2014

A LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS ENTRE MOÇAMBIQUE E ANGOLA E VICE VERSA ESTÁ PARA BREVE

A LIVRE circulação de pessoas entre Angola e Moçambique "está para breve", disse ontem à Lusa o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, que acrescentou que se aguarda apenas pela resposta das autoridades angolanas.
Questionado em Lisboa, pela Lusa sobre a importância da livre circulação de pessoas, bens e serviços no espaço dos países lusófonos para fomentar a criação de negócios, Aiuba Cuereneia respondeu que "o papel dos governos, nesse sentido, pode chegar à liberalização de movimentos" e lembrou que "em Moçambique, não exigimos visto a ninguém da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), excepto no caso de Angola".
No entanto, acrescentou, a isenção da necessidade de vistos para Angola "está para breve, as negociações estão em curso, e na próxima reunião da comissão mista vai sair alguma coisa, o dossier está com os ministros dos Negócios Estrangeiros", vincando que Moçambique "está disponível, mas falta a resposta de Angola".
A livre circulação de pessoas, bens e serviços no espaço lusófono foi um dos aspectos defendidos pelo ministro moçambicano nas declarações feitas à Lusa, à margem de uma conferência que decorreu em Lisboa, no âmbito das comemorações dos dez anos da Confederação Empresarial da CPLP, que se assinala esta semana.
"É preciso um conhecimento mútuo, os empresários devem saber aquilo que ocorre num país e as oportunidades noutros países, e acredito muito nas parcerias", disse Aiuba Cuereneia.
"Os que querem investir noutro país têm de fazer parcerias com esses países, e o papel dos governos diz respeito ao estabelecimento de acordos para garantir aos empresários a confiança mútua que se investir em determinado país, não vai perder dinheiro, daí que devam ser estabelecidos acordos sobre dupla tributação, protecção de investimentos, acordos sobre movimentação de pessoas e empresários", concluiu."
FONTE: JORNAL NOTICIAS  DE MOÇAMBIQUE.

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