quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AÇORES, CÂMARA DE COMÈRCIO DE ANGRA DO HEROÍSMO, A CAMINHO DE MOÇAMBIQUE

"Empresas açorianas (Portugal) procuram oportunidades no mercado moçambicano

26/09/2011. A Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo inicia quarta-feira, 28 de Setembro, uma Missão de três dias a Maputo para aprofundar o conhecimento do mercado moçambicano, e desenvolver as ligações comerciais entre Moçambique e a Região Autónoma dos Açores, Portugal. No total estão representadas 15 empresas, das áreas do comércio de equipamentos, electrodomésticos, mobiliário, construção civil, arquitectura, energias renováveis, turismo e agro-alimentar, com queijos, vinhos e carne.A Missão, organizada pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo integrando uma iniciativa da Associação Karingana a Moçambique, e que conta com o apoio do AICEP, tem um programa repleto de diferentes acções, para que os empresários possam conhecer o mercado moçambicano, as regras e condições de acesso a este mercado e as entidades que o podem apoiar. O objectivo fundamental é desenvolver e afirmar as ligações económicas entre os Açores e Moçambique, proporcionando às empresas açorianas um conhecimento no terreno das oportunidades de negócio no país. Desta forma, estão previstas reuniões individuais entre empresários dos mesmos ramos de actividade, visitas a centros de distribuição e lojas gourmet, a zonas em construção e uma audiência com o Ministro da Economia moçambicano.Mercado Moçambicano em ascensão. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o número de empresas portuguesas que têm exportado produtos para Moçambique tem vindo a aumentar de forma contínua, passando de 1.151 em 2006 para 1.520 em 2010. O país foi, em 2009, o 6º destino das exportações açorianas, depois de Espanha, Itália, Canadá, EUA e Nigéria.Portugal tem vindo a ganhar quota de mercado enquanto fornecedor, tendo passado de 2,9% das importações moçambicanas em 2008 (8ª posição no ranking) para 4,3% em 2010 (4ª posição).A África do Sul e os Países Baixos constituem os principais fornecedores de Moçambique, tendo representado, respectivamente, 34,4% e 18% do total das importações em 2010. No mesmo ano, seguiram-se a Índia (6,5%), Portugal (4,3%), a China (3,6%) e o Japão (3,5%).As importações moçambicanas são constituídas fundamentalmente por combustíveis (20% em 2010), máquinas e aparelhos (14,4%), veículos automóveis (10,3%) e cereais (4,2%). Os produtos relacionados com os mega-projectos representam uma componente considerável das importações totais (20% em 2009).Segundo informação da AICEP, Moçambique tem, actualmente, mais de 23 milhões de habitantes, 2 milhões habitam em Maputo. É considerado uma plataforma de entrada nos mercados do universo da SADC (Southern African Development Community), que agrega cerca de 250 milhões de consumidores. O país é encarado como um caso de sucesso entre as economias africanas e tem assumido um papel cada vez mais determinante no contexto da África Austral, atendendo, nomeadamente, ao seu potencial como fornecedor de energia para a região.Ao longo dos últimos anos, a economia moçambicana tem revelado uma robustez de realce, com a manutenção de elevados índices de crescimento económico (taxa média anual de 8% entre 1996 e 2007, que compara com 5,5% em toda a região da África Subsaariana), sinalizando o ritmo de convergência do país em direcção a padrões de vida mais elevados. O turismo em Moçambique está, também, a assumir gradualmente o seu potencial na economia nacional, fruto do crescimento dos investimentos ao longo dos últimos anos e dos serviços inerentes. No contexto dos países africanos de língua oficial portuguesa, Moçambique surge, em 2010, como 3º cliente, a seguir a Angola e a Cabo Verde e como 2º fornecedor, depois de Angola." Fonte Rádio Moçambique.







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