quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MOÇAMBIQUE COM MAIOR CRESCIMENTO MUNDIAL NA ÚLTIMA DÉCADA

"Moçambique com maior crescimento mundial na última década .19/01/2011. Moçambique foi um dos países do mundo que mais cresceu economicamente na última década, revela um estudo da conceituada revista britânica Economist. O estudo diz ainda que outro país de língua oficial portuguesa, Angola, encontra-se no topo da lista das 10 economias mundiais que mais cresceram nesse mesmo período. Com efeito, se muito se fala do acordar dos gigantes que são ao China, Brasil, Índia e Rússia, o estudo do Economist surpreende pelo facto de Moçambique surgir no oitavo lugar com um crescimento de 7,9 por cento, o mesmo que o registado pelo Chad, que está em sétimo. O notável nessa lista é que, ao contrário do que se possa pensar, não são os países asiáticos que dominam a lista mas sim africanos. Da lista das 10 economias de maior crescimento seis são de países africanos, algo que é mais notável se se tiver em conta que na década anterior apenas um país africano (Uganda) fazia parte da lista. Na ultima década o crescimento real do PIB de África foi de 5,7 por cento superior ao da América Latina com 3,3 por cento. O Economist diz que entre 2011 e 2015 sete países africanos deverão estar na lista de 10 países com maior crescimento económico. Moçambique aparece nessa projecção em quarto lugar com uma previsão de crescimento de 7,7 por cento. Claro está que crescimento do PIB não é tudo. Ao fim e ao cabo, como disse uma economista, não se come o Produto Interno Bruto e se em 1980 os africanos tinham um rendimento médio quatro vezes maior do que os chineses hoje os chineses são três vezes mais ricos que os africanos. O crescimento populacional também afecta o crescimento real per capita do Produto Interno Bruto mas mesmo assim, diz o Economist, esse crescimento foi de três por cento desde o ano 2000. Em termos globais há que perspectivar que a economia de África é minúscula representando apenas dois por cento da produção mundial. O estudo do Economist faz no entanto notar que devido a esse atraso o crescimento de África não é de surpreender, tendo o que diz ser “mais potencial de crescimento”. O estudo faz salientar a melhor administração das economias em muitos países africanos que beneficiaram também de grandes investimentos da China e do aumento dos preços das matérias primas. Mas, diz o Economist, em vez de esbanjarem o dinheiro como aconteceu no passado governos como os de Moçambique e Tanzânia pouparam dinheiro o que amorteceu o efeito da crise nas suas economias. O Fundo Monetário Internacional disse entretanto que as perspectivas de África para este ano são boas. Num estudo o FMI diz ainda que Moçambique, Cabo Verde e São Tomé estão entre os países africanos que no período entre 1996 e 2008 registaram um aumento de rendimento per capita acima de dois por cento. O FMi sublinha que as necessidades de África continuam a ser enormes. A África sub-saharina precisa de 93 mil milhões de dólares anuais em financiamento e pelo menos um terço dessa quantia não encontra financiamento." Fonte Rádio Moçambique.

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