domingo, 29 de janeiro de 2023

VINHO VERDE PORTUGAL UNICO PRODUTOR MUNDIAL DUPLICA EXPORTACOES PARA A RUSSIA

28-01-2023 09:09 Vinho Verde duplicou exportações para a Rússia apesar de ter cancelado ações de promoção Vinho Verde duplicou exportações para a Rússia apesar de ter cancelado ações de promoção facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Porto, 28 jan 2023 (Lusa) - A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), cancelou, em 2022 as ações de promoção na Rússia devido à guerra, mas as exportações do produto pelos agentes económicos do setor mais do que duplicaram em volume e valor. De acordo com dados da CVRVV, em 2022, até novembro, foram exportados 1,2 milhões de litros da região do noroeste português para a Rússia, num total de 2,7 milhões de euros, o que compara com 625 mil litros e 1,3 milhões de euros em 2021, antes da guerra. No global, as exportações até novembro aumentaram 6% face a 2021, atingindo 30,1 milhões de litros e 76,8 milhões de euros no ano passado, ao passo que em 2021 os 30,5 milhões de litros tinham rendido 72,2 milhões de euros à região. Em entrevista à Lusa, a presidente da CVRVV desde final de julho, Dora Simões, disse que "apesar da Comissão dos Vinhos Verdes ter cancelado as atividades promocionais no mercado da Rússia, os agentes económicos da região e respetivos parceiros comerciais terão sempre a liberdade de dar continuidade aos seus negócios". Sobre a exportação para a Rússia, Dora Simões disse que quando o processo "foi estancado, parado, houve de facto um momento em que os agentes económicos não tinham opção absolutamente nenhuma" em termos de envios para o país, porque "não tinham as vias de transporte, logísticas, para o fazer", em face de vários cortes nas interações ocidentais com Moscovo. Os dados da CVRVV confirmam que nos meses de março e abril não houve exportações de vinho verde para a Rússia, mas o ritmo de exportação retomou no restante do ano. Segundo a responsável, a Rússia estava a ser "um mercado em franca expansão", sendo possível que "essa expansão se tenha dado numa altura em que ainda estavam negócios a decorrer". Em abril, ainda no mandato de Manuel Pinheiro, a Comissão dos Vinhos Verdes anunciou o cancelamento das ações de promoção na Rússia, reorientando as exportações para outros mercados, como o mexicano. Até novembro, a região dos vinhos verdes registou ainda uma diminuição das exportações para a Alemanha, menos 1,6 milhões de litros e 2,8 milhões de euros. Dora Simões reconheceu que comparar 2022 com 2021 é "difícil", por se estar a "analisar um período marcado pelos efeitos de uma guerra na Europa". "Assistimos, nos últimos meses, a grandes dificuldades para manter expedições, quer pela escassez de componentes quer pelas dificuldades de transporte, que aliadas à retração no consumo generalizada, inclusive na Alemanha, é natural em tempo de crise económica", acrescentou. A responsável disse ter a expectativa que "a situação na Alemanha recupere e que as exportações voltem a aumentar". Por outro lado, em 2022, até novembro, há a registar subidas significativas nos Estados Unidos, que até desceram em litros (menos 17 mil) mas aumentaram em valor 1,5 milhões de euros, e para a Grã-Bretanha, que subiram 170 mil litros e 1 milhão de euros. Também se registaram subidas no Canadá (13 mil litros, 570 mil euros), em Espanha (375 mil litros, 893 mil euros), Essuatíni (264 mil litros, 643 mil euros) e Polónia (385 mil litros, 600 mil euros). Em 2023, a CVRVV vai apostar em ações de promoção no Reino Unido, Polónia e Coreia do Sul, com Dora Simões a salientar que no caso britânico e no coreano a ideia é "entrar por cima, com as gamas mais elevadas, com produtos de maior valor, mais sofisticado". A Coreia do Sul é "um mercado de oportunidade" potencialmente similar ao japonês, onde as vendas de vinho verde "são talvez as de valor mais elevado", sendo um mercado "muito consistente, que demora muito tempo a desenvolver". Já a Polónia "tem uma massa crítica boa, e é importante começar porque é um mercado jovem, com consumo de vinho", e pessoas "abertas a conhecer" o produto. JE // MSP Lusa/Fim FONTE LUSA JORNAL DE NEGOCIOS. Augusto Macedo Pinto 09 de Junho de 2009 às 11:43 OPINIÃO Vinho verde: Portugal, único produtor mundial Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por... 10 ... Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por tudo isso faz jus comercial deste tesouro. "A ignorância sempre foi muito atrevida". Foi com estas sábias palavras que, numa das aulas de Direito Romano, ouvi há mais de quarenta anos o Professor Doutor Sebastião Cruz a referir-se a muitas situações que esta me faz recordar. Se ele estivesse ainda entre nós, diria, pouco se alterou. Nos nossos dias utilizam-se métodos produtivos adequados à preservação do meio ambiente com uvas de elevada qualidade, com criteriosa escolha das mesmas, seleccionadas para a sua produção, permitindo criar vinhos com aromas muito agradáveis e diversificados, e de elevada qualidade. Hoje, há vinho verde que nada tem a ver com a acidez que tradicionalmente lhe era conhecida, com características de conservação quase idênticas a qualquer outro tipo de vinho. Mas face às suas particularidades, pode-se tornar imbatível em mercados onde o clima, a gastronomia - seja peixe ou marisco -, os convívios e os gostos, tão bem dele dizem e apreciam! Em concreto, o que se tem feito para mercados novos ou tradicionais para se incentivar a promoção das vendas, a comercialização do vinho verde, produto unicamente produzido por Portugal? Não se admire se ouvir a portugueses dizer que desconhecem que somos o único produtor mundial, que não sabem bem onde fica a sua região demarcada e acham que o vinho se estraga quando passa o equador! Segundo as estatísticas teremos cinco milhões fora de portas, em Portugal somos dez milhões. Um produto que tem tanto de único, como de ser ignorado no mundo, não deveria obedecer a critérios de ser associado a mercados onde Portugal está a ter grande crescimento nas suas exportações? Um produto que sendo vinho verde de alta qualidade pode chegar ao consumidor final em África, América e Ásia apenas por €7 a €10 a garrafa? Porque não se buscam novos mercados sem utilizar critérios, estudos e estatísticas absurdas? Refiro-me em concreto em associar indicadores genéricos de exportação de produtos portugueses para mercados onde os países de destino têm, por exemplo, diferenças mais do que o dobro da sua população. Que produtos alternativos de qualidade, preço baixo e únicos tem Portugal para exportar? Como curiosidade, no portal da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes ( CVRVV ) podemos ver mais esta qualidade: "Para além do baixo teor alcoólico, o Vinho Verde pode apresentar benefícios graças à presença de antioxidantes naturais, característica associada à capacidade de reduzir a incidência de danos degenerativos, como os que estão associados a doenças como Alzheimer e cancro. Neste sentido, e em parceria com várias instituições de ensino superior e de investigação, a CVRVV apresentou um projecto à Fundação para a Ciência e Tecnologia de forma a caracterizar o papel protector dos Vinhos Verdes em danos oxidativos biológicos e produzir vinhos de maior poder antioxidante." Advogado, Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal, macedopinto@teledata.mzAugusto Macedo Pinto 09 de Junho de 2009 às 11:43 OPINIÃO Vinho verde: Portugal, único produtor mundial Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por... 10 ... Portugal é o único produtor mundial de vinho verde, com região demarcada desde 1908 e situada a noroeste, entre os rios Minho e Douro. Tem como principais castas do branco: Loureiro, Alvarinho, Arinto e Trajadura. Nem por tudo isso faz jus comercial deste tesouro. "A ignorância sempre foi muito atrevida". Foi com estas sábias palavras que, numa das aulas de Direito Romano, ouvi há mais de quarenta anos o Professor Doutor Sebastião Cruz a referir-se a muitas situações que esta me faz recordar. Se ele estivesse ainda entre nós, diria, pouco se alterou. Nos nossos dias utilizam-se métodos produtivos adequados à preservação do meio ambiente com uvas de elevada qualidade, com criteriosa escolha das mesmas, seleccionadas para a sua produção, permitindo criar vinhos com aromas muito agradáveis e diversificados, e de elevada qualidade. Hoje, há vinho verde que nada tem a ver com a acidez que tradicionalmente lhe era conhecida, com características de conservação quase idênticas a qualquer outro tipo de vinho. Mas face às suas particularidades, pode-se tornar imbatível em mercados onde o clima, a gastronomia - seja peixe ou marisco -, os convívios e os gostos, tão bem dele dizem e apreciam! Em concreto, o que se tem feito para mercados novos ou tradicionais para se incentivar a promoção das vendas, a comercialização do vinho verde, produto unicamente produzido por Portugal? Não se admire se ouvir a portugueses dizer que desconhecem que somos o único produtor mundial, que não sabem bem onde fica a sua região demarcada e acham que o vinho se estraga quando passa o equador! Segundo as estatísticas teremos cinco milhões fora de portas, em Portugal somos dez milhões. Um produto que tem tanto de único, como de ser ignorado no mundo, não deveria obedecer a critérios de ser associado a mercados onde Portugal está a ter grande crescimento nas suas exportações? Um produto que sendo vinho verde de alta qualidade pode chegar ao consumidor final em África, América e Ásia apenas por €7 a €10 a garrafa? Porque não se buscam novos mercados sem utilizar critérios, estudos e estatísticas absurdas? Refiro-me em concreto em associar indicadores genéricos de exportação de produtos portugueses para mercados onde os países de destino têm, por exemplo, diferenças mais do que o dobro da sua população. Que produtos alternativos de qualidade, preço baixo e únicos tem Portugal para exportar? Como curiosidade, no portal da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes ( CVRVV ) podemos ver mais esta qualidade: "Para além do baixo teor alcoólico, o Vinho Verde pode apresentar benefícios graças à presença de antioxidantes naturais, característica associada à capacidade de reduzir a incidência de danos degenerativos, como os que estão associados a doenças como Alzheimer e cancro. Neste sentido, e em parceria com várias instituições de ensino superior e de investigação, a CVRVV apresentou um projecto à Fundação para a Ciência e Tecnologia de forma a caracterizar o papel protector dos Vinhos Verdes em danos oxidativos biológicos e produzir vinhos de maior poder antioxidante." Advogado, Antigo Cônsul de Moçambique em Portugal, macedopinto@teledata.mz Augusto Macedo Pinto FONTE JORNAL DE NEGOCIOS.

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