domingo, 27 de novembro de 2022

MOCAMBIQUE SEGUNDO A FITCH RATINGS O PESO DA DIVIDA PUBLICA DE MOCAMBIQUE VAI CAIR GRADUALMENTE NOS PROXIMOS TRIMESTRES, DEVIDO À MELHORIA DO CRESCIMENTO ECONOMICO E AO AUMENTO DA RECEITA, PARTICULARMENTE DO SECTOR DO GAS, O LIMITA AS NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO, MOCAMBIQUE EM ALTA! PARABENS!

27-11-2022 09:21 Dívida pública de Moçambique deve cair abaixo dos 100% do PIB em 2023 Dívida pública de Moçambique deve cair abaixo dos 100% do PIB em 2023 facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Hong Kong, 27 nov 2022 (Lusa) - A consultora Fitch Solutions considera que a dívida pública de Moçambique deverá descer para menos de 100% em 2023, devido à aceleração da economia, maiores receitas do gás e valorização do metical no próximo ano. "Acreditamos que a dívida pública vá abrandar de 101% do PIB em 2022 para 92,3% em 2023", escrevem os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings. Numa nota sobre a economia moçambicana, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que "o peso da dívida de Moçambique vai cair gradualmente nos próximos trimestres, devido à melhoria do crescimento económico e ao aumento da receita, particularmente do setor do gás, o que limita as necessidades de financiamento". A dívida pública de Moçambique medida em função do PIB tem estado sempre acima dos 100% desde 2016, ano em que foi conhecido o escândalo das dívidas ocultas, tendo apenas descido dos 100% em 2019, quando ficou nos 99%, de acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional. Para além da aceleração da economia, acrescentam no texto, "a apreciação de 3,1% do metical prevista para 2023, para 61,94 meticais por dólar, também sustenta o declínio do rácio da dívida face ao PIB". A Fitch Solutions antevê que o défice orçamental vá melhorar de 3,9% este ano para 2,5% no próximo ano, essencialmente graças às receitas de exportação do gás. A 13 de novembro, a italiana Eni exportou o primeiro lote de gás natural liquefeito produzido na plataforma flutuante Coral Sul, ao largo da costa norte de Moçambique, para a Europa, o que deverá ter dado o pontapé de saída para um novo capítulo na história económica de Moçambique, devido ao significativo aumento das receitas fiscais, que deverão subir 11,3%, à custa de um fortíssimo aumento no valor das exportações, que em 2023 deverá subir 243%, para 1,8 mil milhões de dólares, segundo a Fitch. A previsão para o crescimento da economia de Moçambique é de 5,3% este ano e 6,5% no próximo ano. Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado. Dois desses projetos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido. Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em março. O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4). Um terceiro projeto já concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante que já começou a captar e processar o gás para exportação, diretamente no mar, este mês. A plataforma flutuante deverá produzir 3,4 mtpa (milhões de toneladas por ano) de gás natural liquefeito, a Área 1 aponta para 13,12 mtpa e o plano em terra da Área 4 prevê 15 mtpa. MBA // PJA Lusa/Fim FONTE LUSA

Sem comentários:

Enviar um comentário