sexta-feira, 19 de agosto de 2022

ANGOLA ELEIÇÕES: MISSÃO DA CPLP CHEFIADA PELO ANTIGO PRESIDENTE DA REPUBLICA DE CABO VERDE JORGE CARLOS FONSECA, CONFIANTE EM NORMALIDADE E QUE RESULTADOS SERÃO ACEITES POR TODOS.

19-08-2022 14:50 Angola/Eleições: Missão da CPLP confiante em "normalidade” e que resultados serão aceites por todos Angola/Eleições: Missão da CPLP confiante em normalidade” e que resultados serão aceites por todos facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Luanda, 19 ago 2022 (Lusa) – O chefe de missão de observação eleitoral da CPLP disse hoje estar convencido que as eleições em Angola vão decorrer com normalidade e que os resultados serão aceites democraticamente por todos os candidatos. O ex-presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que se encontra em Angola a chefiar a missão de observação da CPLP encontrou-se hoje com o candidato do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) João Lourenço, na sede do partido em Luanda. “Esta é uma visita diferente, com outro fato, com outras vestes [esteve no ano passado em Angola, enquanto presidente de Cabo Verde na XIII Conferência de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que se realizou em Luanda]”, disse Carlos Fonseca, após o encontro, mostrando agrado pelo convite endereçado à CPLP para mais uma missão de observação eleitoral a um país-membro, neste caso Angola. “Vamos fazer o melhor para contribuir à nossa medida e com os limites que temos para que o processo eleitoral angolano decorra com normalidade democrática, quer seja a campanha eleitoral, seja o escrutínio e o apuramento dos resultados as coisas decorram com tranquilidade, com normalidade e que os resultados traduzam uma vontade genuína dos angolanos”, assinalou. Para Jorge Carlos Fonseca, estas eleições marcam o percurso que Angola tem feito no sentido de “consolidar a democracia e aperfeiçoar e aprimorar o Estado de direito democrático”. Quanto às expectativas são de que as eleições decorram “com tranquilidade dentro de um ambiente de civismo”, apesar de concorridas e disputadas. “Todas as eleições democráticas têm sempre alguma picardia política que faz parte da concorrência democrática, mas estamos otimistas e convencidos que as coisas irão decorrer com normalidade e que, no final, os resultados quaisquer que eles sejam vão ser aceites por todos, democraticamente, de forma que Angola continue a trilhar caminhos de progresso crescente, material e não só, para bem de todos os angolanos”, exortou. O antigo chefe de Estado cabo-verdiano destacou que o facto de concorrerem oito formações políticas “é sinal de vitalidade da democracia angolana e sinal de interesse das forças políticas angolanas pelo destino de Angola” e que “o fundamental é que a campanha eleitoral na diferença, no confronto, no dissenso normal em democracia” decorra com tranquilidade e sem violência. “Creio que é o que tem acontecido e deve haver condições para que todos possam exprimir as suas posições, deem a conhecer os seus programas e as suas ideias, de forma a que os angolanos todos possam escolher aquilo que consideram melhor opção para o seu país”, disse. Jorge Carlos Fonseca afirmou que este foi o seu primeiro encontro, já que chegar hoje de manhã, mas vai encontrar-se com outras entidades como a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e outros dirigentes de outras organizações políticas. “Vai ser uma maratona de encontros de modo que a missão cumpra a sua missão de observação eleitoral que é de testemunho do que é o processo eleitoral aqui em Angola”, reforçou, explicando que a missão não vai validar votos nem corrigir processos eleitorais e não tem nada a ver com o funcionamento das mesas. “Observamos de acordo com certas regras, temos em conta as regras legais e outras do país que realiza as eleições, verificamos e no final produzimos um relatório que é a nossa avaliação do processo eleitoral daquilo que podemos observar”, salientou. As eleições gerais angolanas, quinto escrutínio da história política do país, estão marcadas para 24 de agosto e contam com candidaturas de oito formações políticas, que estão em campanha eleitoral desde 24 de julho. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP. RCR // LFS Lusa/fim FONTE LUSA

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