terça-feira, 18 de janeiro de 2022
MOCAMBIQUE: PAIS AVANCA E COM BASTANTES REALIZACOES, OPINIAO DE JORGE FERNANDES PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL DA ACB ASSOCIACAO COMERCIAL DA BEIRA E PROEMINENTE ACTIVISTA DO ASSOCIATIVISMO EMPRESARIAL
“País avança e com bastante realizações - Jorge Fernandes, proeminente activista do associativismo empresarial na cidade Beira Beira (O Autarca) – O empresário e proeminente activista do associativismo empresarial na cidade Beira, Jorge Fernandes considera que, não obstante as dificuldades, os constrangimentos que tendem a minar o desenvolvimento do ambiente económico, social e político, o país tem estado a avançar e com bastante realizações. Em entrevista ao O Autarca, Jorge Fernandes afirmou que, no geral, tem que se sublinhar que estamos num país onde ocorrem grandes oportunidades de investimento e negócio. E, segundo acrescentou, isso oferece certa esperança de que a breve trecho aquilo que era défice possa passar a positivo. “É muito importante levarmos isso como bandeira”. Relativamente ao ano económico 2021, o empresário considera não ter sido tão difícil como o anterior (2020), devido fundamentalmente as medidas que foram tomadas em tempo útil, permitindo uma regulação harmônica de toda actividade sujeita às implicações decorrentes da pandemia. “Assistiu-se a uma pequena recuperação dos sectores que se evidenciaram no sentido de terem sido mais afectados pela pandemia. Hoje, mesmo com dificuldades, as empresas estão a progredir” – sublinhou. Avaliando a resposta dos parceiros chaves do sector empresarial, nomeadamente o governo e os trabalhadores – face as adversidades causadas pelo idai e logo a seguir pela pandemia covid-19, o nosso entrevistado começou por salientar que o idai é para os empresários beirenses a referência sempre do que foi a grande desgraça, incluindo o chalane e o eloise que vieram atrapalhar ainda mais. “O que se assistiu, além da recuperação que está ocorrendo, houve estabilidade principalmente com os trabalhadores. As empresas preocuparamse, sobretudo, em manter a sua mão-deobra. Isto, parecendo que não, é um ganho wine-wine. Não é só o problema de natureza global, como é uma questão sentimental também que existiu nessa relação”. Relativamente ao Governo, Jorge Fernandes disse que, dentro das suas possibilidades, foi respondendo. Sublinhou que, para este caso, é importante compreender-se que a resposta nem sempre vai de acordo com o desejo e expectativa dos empresários. “E, o que acontece no sector empresarial é que até hoje continuamos a dizer que estamos a espera que possa muito brevemente passar a realidade aquilo que foi a promessa. É por aí que vejo a situação...” Numa outra abordagem, o entrevistado referiu que “tivemos momentos bons, antes da recessão económica e financeira global (2015/2016), período no qual assistia-se o surgimento quase semanal de novas empresas a fazerem negócio. Isso fruto das leis que dão facilidades, a lei do investimento principalmente... Nֶós tínhamos condiSentido de missão cumprida Jorge Fernandes foi até o último trimestre de 2021 Presidente da Associação Comercial da Beira (ACB). Com possibilidade de renovar o mandato, Jorge Fernandes decidiu abdicar, num exemplo que se considera ainda raro na esfera das organizações empresariais onde titulares de cargos não perdem mínima possibilidade de se manterem. “Deixei a Presidência da ACB com sentido de MISSÃO CUMPRIDA”. Jorge Fernandes afirma que a ACB está bem, forte, interventiva e respeitada; tendo escolhido essse momento para passar o testemunho aos mais novos. “Eu não renovei o mandato porque achei que a minha missão está cumprida. E como a instituição está bem, forte, com intervenção e respeitada, é sempre uma honra deixar que outros mais novos assumam a condução dos destinos da agremiação. Estive durante muitos anos ligado a instituição, eu e os meus colegas que cessamos, e a nossa preocupação foi de que tínhamos que deixar num tempo útil. E eu achei que a melhor oportunidade foi esta. Portanto, missão cumprida, outros valores se levantam. Quem assumiu a presidência da ACB é da casa, há anos que trabalha em prol da ACB. Alguém que vem da equipe do comando da casa, de modo que agora é só continuar”. Por fim, o entrevistado desejou bom ano aos colegas empresários. “…Que depois das grandes dificuldades que temos passado... Que os empresários se cuidem. Vamos todos nos cuidar, não vamos esperar que só seja preocupação dos serviços de saúde” – concluiu, referindo-se a problemática da pandemia covid-19.■ (Falume Chabane) ções para fazer negócio, e assistiu-se aí um bom desenvolvimento e isso foi andando até março de 2019 quando surgiu a devastação causada pelo idai. O que sucedeu com o idai foi uma autêntica quebra do desenvolvimento, mas estamos resilientes como sempre. É a nossa filosofia que mantemos...” Transmitiu que os empresários nunca estão satisfeitos porque querem sempre mais e melhor. “…Porque sempre que um homem pensa o mundo pula e avança. Somos ambiciosos nesse sentido, pensamos para frente e ao pensar para frente estamos a querer que haja mais acontecimentos, mais reformas, que haja mais procedimentos, mais abertura. É dentro disso que surge sempre o sentimento do empresário, que o queixar-se é o normal. Não podemos levar a mal quando aparece alguém a fazer uma crítica, mas a crítica tem de ser construtiva para que possa ajudar a outra parte a resolver os problemas”. Jorge Fernandes falou de barreiras ao desenvolvimento do ambiente empresarial, referindo que barreiras é tudo aquilo que impede. “Há barreiras filosóficas, materiais, espirituais... há uma série de barreiras que normalmente surgem e depende muito do momento em que elas surgem e como surgem. Mas que se estão a vencer barreiras isso sim, é verdade as vezes não com a velocidade que nós queremos. O diálogo com o Governo também está a favorecer”. Fernandes afirmou que o facto de termos as nossas instituições representadas ao mais alto nível, a participarem das negociações com o governo wine-wine, isso cria confiança e deixa de haver sombra naquilo que é vontade das duas partes, e acrescentou que os governos tem planos, mas depois a economia tem de acompanhar para se tornar forte.”
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOCAMBIQUE
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