sábado, 18 de novembro de 2023
CONSELHO CONSTITUCIONAL DE MOÇAMBIQUE, AS ELEIÇÕES AUTARQUICAS DE 11 DE OUTUBRO DE 2023, A APROVAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS ELEITORAIS QUE SE AGUARDAM
Contencioso eleitoral: A opinião de juristas sobre aquela que será a decisão do Conselho Constitucional Beira (O Autarca) – As sextas eleições autárquicas moçambicanas, realizadas no dia 11 de Outubro último, culminaram com profunda suspeita e evidência de fraude eleitoral. Há vários recursos que estão a ser analisados pelo Conselho Constitucional. No entanto, há também uma gigante pressão multisectorial com vista à justiça eleitoral. As manifestações nas
ruas que ocorrem em muitas cidades onde a Renamo, particularmente, contesta os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, é uma forma encontrada para exigir justiça eleitoral. Resta saber, até que ponto essas manifestações podemafectar a decisão do Conselho Constitucional.Este é o colectivo de Juízes do Conselho Constitucional, órgão do qual espera-se a devida decisão em torno do contencioso eleitoral que demanda das autárquicas de 11 de Outubro vê com vista a justiça eleitoral possa afectar a qualidade da decisão a ser tomada pelo Conselho Constitucional, justificando que o Conselho Constitucional fica "balizado" por factos, provas documentais e por cumprimento de prazos legais. “Não pode sair daí”. E, continuou, “quanto a prazo o CC não tem prazo certo para poder validar as eleições autárquicas, porque depende das contingências e tramitações. Para encontrar uma possível resposta a esta questão, O Autarca ouviu, na Beira, a opinião de dez juristas, salientando-se alguns decanos, outros cem por cento liberais e ainda outros com vínculos partidários. Por decisão editorial não serão reveladas as suas identidades. No geral, as opiniões são divergentes, se não vejamos:um Jurista disse, peremptoriamente, que não crê que a pressão que se processuais que antecedem FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 processuais que antecedem, tudo de acordo com o artigo 120 e ss da Lei n° 2/2022 de 21 de Janeiro, sobre a orgânica do Conselho Constitucional”.Um outro Jurista, entretanto, disse acreditar que sim, as manifestações nas ruas irão afectar a decisão do Conselho Constitucional. “Eles podem estar mais sensíveis e por serem a última e instância única, podem ponderar diversos factores. Até porque a pressão não só vem dos partidos e sociedade civil, mas também do próprio Tribunal Supremo (o topo da hierarquia dos tribunais judiciais, que agiram em primeira instância, no contencioso eleitoral), situação que suscita debate sobre as competências de ambos. Portanto, o
CC está colocado na posição de tomar decisão que prove a sua isenção, imparcialidade e seu papel didático, que convença aos juristas no geral e ao povo soberano”.Um outro Jurista também concordou. “…Penso que sim. Pelo nível da pressão, o CC até foi tomando decisões precipitadas e muito mal trabalhadas.
Sendo um órgão de soberania com poderes exclusivos de decisão sobre o contencioso eleitoral no país, entendo que o Conselho Constitucional devia analisar de
forma minuciosa todos os recursos que lhe foram apresentados e, caso a caso, tomar decisões imparciais. Não foi o que aconteceu. Até prova em contrário, não
houve matéria convincente para o CC não dar provimento ao recurso contencioso eleitoral interposto pelo MDM, por exemplo. O MDM tem na sua posse actas e editais originais que demonstram, inequivocamente, com assinaturas dos presidentes de 20 mesas de assembleias de voto, que o partido venceu as eleições na Beira com 67% de votos. Neste momento, todos os moçambicanos aguardam a proclamação pelo CC dos resultados definitivos das eleições autárquicas de 11 de Outubro de 2023, mas duvido que haja alterações de vulto.Um outro Jurista disse que “relativamente à decisão do CC estou em crer que será política, isto é, favorável à quem nomeia. Contudo, para Quelimane talvez independência. Até porque, as decisões devem ser fundamentadas e, nesse processo de fundamentação, o Conselho Constitucional não pode contrariar as suas decisões anteriores. É aí onde o voto vencido poderá fazer muita diferença”.Por seu turno, outro Jurista, opinou nos seguintes termos: “Irmão amado,confesso que tenho tido alguma capacidade de ler o futuro. Sim, penso que existe uma forte probabilidade de o CC, face ao clima de crispação existente no seio do partido Frelimo, e a mudança de paradigma da Renamo, tomar uma decisão justa em defesa da democracia. Em contenciosos eleitorais, o CC sempre pontapeou a lei. Mas desta vez, sinto que será equilibrado. Este país já não tem liderança,orebanhoestá dividido, e os juízes não querem provocar o conflito latente.Por último, um outro Jurista ouvido pela nossa reportagem na Cidade da Beira, disse que “no meu perene entender sobre o Conselho Constitucional e as suas decisões sempre direi que não há ou haverá pressão de nenhuma ordem que demoverá este órgão de decidir contra os interesses do Partido FRELIMO, pois, a sua constituição, de natureza representativa proporcional, faz dele o derradeiro reduto e fortaleza inexpugnáveis da manutenção ilícita do poder político pelo Partido FRELIMO, perpetuando a injustiça eleitoral”.Portanto, foram estas as opiniões possíveis que O Autarca registou face ao contencioso eleitoral em curso, as manifestações nas ruas e a tão esperada decisão do Conselho Constitucional considerando
a excessiva pressão que recai sobre si com vista à justiça eleitoral.O Autarca irá trazder mais abordagens em torno do presente complexo conteciso eleitoral. Para já, estamos a finalizar a elaboração de um artigo baseado numa entrevista que nos foi concedida, em Maputo, um por um proeminente antigo Masgistrado moçambicano.O conteciso em torno das últimas eleições está a mexer com toda cadeia da vida dos moçambicanos, esperando um desfecho pacíco.■ (Falume Chabane)
Lúcia Ribeiro, a Presidentedo Conselho Constitucionalseja declarada vencedora a Renamo e o resto Frelimo. Entretanto, nas cidades de Maputo e Nampula prevejo distúrbios e violência”.Outro Jurista, entretanto, afirmou que “o Conselho Constitucional é um órgão independente e imparcial pelo que, não me parece que a pressão social possa influenciar negativamente as suas decisões. Pelo contrário, penso que o Conselho Constitucional vai consolidar a sua anterior jurisprudência nesta matéria, esclarecendo o âmbito das competências dos tribunais distritais na apreciação dos recursos contenciosos eleitorais”. Segundo o mesmo Jurista, um dos maiores problemas desta pressão, está no facto de não tomar em conta as decisões do Conselho Constitucional que não deixam margem para dúvidas de que em alguns locais, em função das inúmeras irregularidades, as eleições poderão ser anuladas uma vez que o número de votos em causa poderá afectar significativamente os resultados, tanto ao nível do vencedor como do número de mandatos nas assembleias municipais.“Seja como fôr, porque pacífica e legítima, esta pressão é salutar como exercício de cidadania pois mostra que a democracia já não é assunto só dos partidos políticos, mas sim da sociedade como um todo. Portanto, eu acredito no Conselho Constitucional como uma instituição de administração da justiça em permanente construção e consolidação da sua
FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
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