domingo, 25 de junho de 2023

25 DE JUNHO DE 1975, DIA DA INDEPENDENCIA DE MOCAMBIQUE, FAZ HOJE 48 ANOS, PARABENS MOCAMBIQUE E TODOS OS SEUS HEROIS!

BOM DIA VIVA A INDEPENDENCIA DE MOCAMBIQUE, FAZ HOJE 48 ANOS, HA QUE HONRAR E AGRADECER A TODOS OS SEUS HEROIS NOS DIVERSOS TIPOS DE CAMINHADAS QUE PARA TAL CONTRIBUIRAM DESDE OS ANOS MAIS LONGINQUOS, BEM HAJAM! Amigos e colegas de estudo tive em Tete que já partiram foram disso um exemplo, presos e tratados de forma desumana no armazém da Câmara Municipal de Tete ou nas caves das Obras Públicas, Grilo, Cardoso, Cangela de Mendonça, Ernesto Corda, José Castigo este felizmente ainda vivo, isto, entre 1963 e 1965. Recordo ainda aqueles com que pessoalmente convivi e aprendi, o contributo de uma outra forma de contestação ao regime colonial durante esse período e a partir das décadas 60 e 70, de alguns elementos da Igreja Católica como D. Sebastião Soares de Resende Bispo da Beira, D. Manuel Vieira Pinto Bispo de Nampula, os “Padres Brancos”, os “Padres de Burgos”, os “Combonianos”, o Padre Sampaio da Igreja do Macúti, entre outros. Hoje com o acesso aos arquivos da PIDE, na Torre do Tombo em Lisboa, Procº 2279 – SR, vemos como o actual Presidente da República de Moçambique “Armando Emílio Guebuza ou Armando Guebuza” era temido pela PIDE pelo tipo da sua acção que granjeava simpatia nos fóruns internacionais, pela construção do seu discurso e da credibilidade que transmitia sobre os propósitos da FRELIMO, estava permanentemente na mira da Policia Internacional e Defesa do Estado, tal torna-se evidente na análise que se pode hoje efectuar na densa documentação existente. Preocupados com a acção prestigiada de Guebuza, a PIDE pelo menos desde 4 de Novembro de 1964, ainda como estudante e de acordo com a sua ficha, era seguido nas suas públicas e internacionais intervenções durante as décadas 60 e 70, nomeadamente ao ter tomado parte na “ Conferência dos Escritores Afro – Asiáticos” de 27 de Junho a 6 de Julho de 1966 e pelas entrevistas dadas a periódicos europeus em 1971. Ainda em 24 e 25 de Março de 1973, ´num relatório da mesma organização policial é referido Guebuza como Comissário Politico Nacional, da FRELIMO participante na Conferência da Solidariedade com os Povos em Luta Contra o Colonialismo Português, que decorreu em Itália em REGIO EMILIA. Guebuza numa das suas intervenções refere e passo a citar “Manifestou que “o êxito mais importante do movimento, nos últimos 10 anos, foi o de reunir o povo para constituir uma frente comum contra o colonialismo português”. Guebuza deixou claro nessa intervenção que a FRELIMO e a propósito dessa frente unida incluía o apoio também de determinados sectores da população de origem portuguesa, constituídos por trabalhadores brancos que não “compartilham os interesses objectivos da oligarquia colonial”. Aliás, já a caminho INDEPENDÊNCIA de Moçambique e por ocasião da nomeação dos novos governadores provinciais na Edição Especial do NOTICIAS, INDEPENDÊNCIA, 25 de Junho de 1975, a páginas 113, 117 e 179, Guebuza, enquanto Ministro da Administração Interna, no Governo de Transição entre 20 de Setembro de 1974 e 25 de Junho de 1975, declarou “Não estamos a colocar o preto onde estava o branco”, a posição da FRELIMO era e sempre foi anti - racista. PARTE DE TEXTO DA MINHA AUTORIA.

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