domingo, 7 de novembro de 2021

COP 26 RELACAO ENTRE NATUREZA E ALTERACOES CLIMATICAS EM DESTAQUE, COM NOVOA ANUNCIOS RELACIONADOS COM A AGRICULTURA E MANIFESTACOES ARTISTICAS QUE LEMBRARAM A IMPORTANCIA DOS POVOS INDIGENAS PARA A PRESERVACAO DO MEIO AMBIENTE. QUANDO EM 2005 MOCAMBIQUE HÁ DEZASSEIS ANOS ATRAS QUIS ABRACAR O PROJECTO JATROPHA, MAMONA, RICINO, MUITOS CONTESTARAM, QUICA POR IGNORANCIA E INTOLERANCIA.

"06-11-2021 17:58 COP26: Relação entre natureza e alterações climáticas em destaque COP26: Relação entre natureza e alterações climáticas em destaque facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Glasgow, Reino Unido, 06 nov (Lusa) - A estreita relação entre natureza e clima ganhou destaque hoje, sexto dia da conferência COP26, com novos anúncios relacionados com a agricultura e manifestações artísticas que lembraram a importância dos povos indígenas para a preservação do meio ambiente. Como o presidente da COP26, Alok Sharma, lembrou, a natureza absorve o carbono que emitimos e pode funcionar como a primeira linha de defesa contra os efeitos das alterações climáticas. E alertou, a título de exemplo, que se o aquecimento global chegar a 1,5 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais, 70% dos recifes de coral desaparecerão, ou poderão perder-se na totalidade se a subida de temperatura ultrapassar os 2 graus. A principal medida conhecida no mesmo dia em que dezenas de milhares de pessoas desfilaram em Glasgow para exigir mais ações e menos palavras dos governos foi o compromisso de 45 países em adoptar uma agricultura mais natural e uma gestão do solo mais sustentável, medidas que irão têm um impacto especial na América Latina. Entre os países que subscreveram um dos dois acordos divulgados - a Agenda de Ação Política para a Transição para a Agricultura Sustentável e o Diálogo das Florestas, Agricultura e Comércio de Matérias-Primas - estão Espanha, Colômbia, Costa Rica, Perú, Brasil ou a Índia. Estes compromissos incluem a mobilização de 4.000 milhões de dólares (3.500 mil milhões de euros) em novos investimentos públicos dedicados à inovação na agricultura. Os países deverão promover medidas para desenvolver novas variedades de culturas "resistentes ao clima" e "soluções de regeneração" para melhorar a qualidade do solo. O Canadá vai investir 1.000 milhões de dólares (870 milhões de euros) dos 5.300 milhões de dólares (4.600 milhões de euros) que compõem o pacote de financiamento do clima canadiano nos próximos cinco anos para soluções baseadas na natureza com benefícios para a biodiversidade nos países em desenvolvimento. Também foi divulgado que o setor privado se vai juntar a essa mobilização com o compromisso de quase uma centena de grandes empresas de se tornarem “positivas para a natureza” e trabalharem para travar e reverter o declínio natural até 2030. Nesse sentido, as cinco maiores redes de supermercados britânicas vão reduzir em metade o impacto ambiental do “cabaz de compras” médio no Reino Unido até 2030 graças a uma parceria com a organização ambientalista WWF. O dia também serviu para lembrar a importância das comunidades indígenas na preservação da biodiversidade. Estima-se que as populações indígenas sejam guardiãs de 80% do total da biodiversidade do planeta, o que tem permitido que se tornem líderes no desenvolvimento de alternativas naturais aos desafios colocados pela crise climática. Foram justamente os representantes indígenas que lideraram a grande manifestação pelo clima que percorreu as ruas de Glasgow e também colaboraram com o artista norte-americano John Quigley, que no sábado criou uma borboleta gigante da Amazónia num parque da cidade para sensibilizar a população sobre a fragilidade da floresta amazónica. Apesar da chuva e vento, Quigley, conhecido por Spectral Q, trabalhou desde antes do amanhecer para realizar a intervenção artística, uma borboleta morfo azul gigante (Morpho peleides) que, conforme explicou à agência Efe, “representa a fragilidade e a beleza da natureza. ". A borboleta, com as suas deslumbrantes asas azuis de 30 metros de largura por 24 de altura, e envolvido pela mensagem "Amazónia para a vida: vamos proteger 80% até 2025", também "representa o que podemos perder se a Amazónia parar de existir", alertou o artista californiano. Entre os representantes de grupos indígenas e culturais latino-americanos que colaboraram com Spectral Q para realizar a intervenção artística esteve Gregorio Díaz Mirabal, diretor geral da Coordenação de Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA), que reúne 3,5 milhões indígenas de nove países. BM // HB Lusa/fim" FONTE: LUSA

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