“Conferência de Doadores deve reflectir sobre reais necessidades de cada
área afectada pelo ciclone Idai - Exigência é de cidadãos beirenses
que aguardam com enorme expectativa o sucesso da conferência internacional que
inicia amanhã e termina sábado na cidade da Beira governo nacional que pretende
mobilizar recursos para sustentar o seu programa estratégico de recuperação e
reconstrução pós ciclones Idai para as províncias de Sofala, Manica, Zambézia,
Tete e Inhambane e Kenneth para as províncias de Cabo Delgado e Nampula.
Cidadãos entrevistados pelo O Autarca na cidade da Beira consideram que a
intervenção do governo nacional veio retirar a essência inicial da Conferência
Internacional de Doadores proBeira (O Autarca) – É já amanhã, sexta-feira
(31MAI19) que inicia na cidade da Beira a Conferência Internacional de Doadores
(CID), inicialmente projectada pelo Conselho Autárquico da Beira (CAB) para
mobilizar recursos para o plano de reconstrução e resiliência da autarquia no
rescaldo do ciclone Idai que atingiu a urbe em 14 de Março do ano em curso (a
CID devia ter tido lugar no dia 24 de Abril último segundo programado pelo
CAB), mas mais tarde assumida pelo jectada pelo Conselho Autárquico da Beira
que focalizava os seus resultados para uma acção mais concreta e localizada,
que se esperava fosse mais produtiva para os imensos desafios de reconstrução e
resiliência da cidade da Beira. Ainda assim, os cidadãos beirenses que aguardam
com enorme expectativa o sucesso da conferência internacional que inicia amanhã
e termina sábado na cidade da Beira, exigem que o evento aborde com maior
transparência possível as reais necessidades de cada área afectada pelos dois
ciclones tropicais que atingiram o país em menos de um mês e meio. “O mundo
inteiro sabe que a cidade da Beira foi fortemente sacudida pelo ciclone
tropical Idai. O Idai tornou-se mundialmente num dos ventos mais destruitivos
de sempre e a cidade da Beira passou a ser um dos centros urbanos do planeta
terra mais vitimizados alguma vez por um ciclone. Milhares de pessoas viram a
destruição das suas casas e negócios. Não há como fazer vista a este cenário” –
alertou um jovem estudante universitário da cidade da cidade da Beira. Um
funcionário público na cidade da Beira alertou que nesta conferência “muitos
quererão assumir protagonismo, sobretudo aproveitamento político e não deixarão
de tentar ofuscar outras entidades, entre elas as locais. Nós os beirenses, que
sentimos na pele o impacto do fenómeno climatérico, não estamos preocupados com
agendas políticas, queremos sim resultados concretos que nos ajudem a reerguer
a nossa cidade”. O ciclone tropical Idai destruiu na cidade da Beira cerca de
70 por cento do parque habitacional, 63.506 unidades parcialmente e 23.833
totalmente, sendo que a maior destruição ocorreu nos bairros mais pobres,
aumentando uma vulnerabilidade social, económica e ambiental já críticas. 176
edifícios de propriedade do município ficaram danificados. Estradas e espaços
públicos foram igualmente destruídos. A edilidade local defende que a protecção
costeira da Beira tem que ser elevada a um nível mínimo aceitável para a cidade
ter um futuro e destaca a importância de mais investimentos nas áreas de
drenagem, sistema de Depois de cerca de dois meses de trabalho interrupto no
terreno, apresenando-se de botas, jeans e camisa desabotoada (sinónimo de
trabalhador de campo), amanhã e depois de amanhã o autarca da Beira, Daviz
Simango, deverá inevitavelmente se apresentar com traje formalsaneamento e
gestão de resíduos sólidos. O programa estratégico de recuperação e
reconstrução estabelecido pelo governo nacional está orçado em 3.2 mil milhões
de dólares, e o plano de reconstrução e resiliência da Beira concebido pelo
conselho autárquico local apresenta necessidades no valor de 888 milhões de
dólares, cerca de um quarto do valor que o executivo de Maputo pretende para
sete províncias do país. A conferência que decorrerá sob o lema “Por uma
Reconstrução Rápida, Resiliente e Abrangente” será aberta amanhã de manhã pelo
autarca da Beira, Daviz Simango, e encerrada ao meio dia de sábado pelo
Presidente Filipe Nyusi.■
(Redacção)”
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE
MOÇAMBIQUE.
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