"BM doa 150 milhões de dólares americanos a
Moçambique para melhorar a distribuição de energia
Washington – O Banco Mundial
(BM) acaba de aprovar uma doa-
ção financeira no montante equivalente
a 150 milhões de dólares americanos
para o apoio ao sector da energia em
Moçambique. Este financiamento da
Associação Internacional de Desenvolvimento
(IDA) destina-se a apoiar a Empresa
Eletricidade de Moçambique,
EDM, na melhoria da capacidade operacional
da sua rede eléctrica, assim
como da sua eficiência operacional.
Moçambique registou progressos
significativos na expansão do acesso
à eletricidade nos últimos anos, tendo
alargado a cobertura eléctrica a
26% contra apenas 6% em 2006. Todos
os postos administrativos em todo
o país têm acesso à energia. Na esteira
desses desenvolvimentos, a EDM enfrenta
desafios crescentes de eficiência
e fiabilidade da sua electricidade. Em
2016, as perdas totais do sistema foram
estimadas em 26%, cifra superior à
média ponderada da África Subsariana.
O país enfrenta também outros
pontos críticos como uma rede de infra-estruturas
deficitária, a falta de sistemas
de transmissão e sua interconexão
em todo o país, entre outros.
“Estou satisfeito com a aprovação
deste financiamento, especialmente
nestes tempos de grandes necessidades
de investimento público neste
sector crucial”, reconheceu Mark Lundell,
Director do Banco Mundial para
Moçambique, Madagáscar, Maurícias,
Seychelles e Comores. “Esta doação financeira
da IDA está alinhada com a
nossa estratégia para com Moçambique
denominada Quadro de Parceria com o
País (CPF), e o próprio Plano Quinquenal
do Governo, os quais visam expandir
infra-estruturas no país com o
objectivo de melhorar os sectores produtivos
da economia e alcançar a diversificação
económica”.
A maior parte deste apoio financeiro
(equivalente a USD $ 117 milhões)
apoiará a reabilitação e modernização
da rede de infra-estruturas eléctricas
com o intuito de melhorar a
qualidade e fiabilidade da energia eléctrica.
O que incluirá investimentos no
reforço das linhas de transmissão e distribuição,
instalação de transformadores
adicionais para aumentar a capacidade,
e instalação de equipamentos de
compensação reactiva nas cidades de
Maputo, Matola, Nacala, Pemba e Lichinga.
O montante remanescente será
utilizado nas seguintes vertentes: componente
operacional e comercial da
EDM deverá receber o equivalente a
USD $ 29,5 milhões; a componente do
fortalecimento de capacidade institucional
da EDM e apoio na implementa-
ção do projecto será alocada o equivalente
a USD $1,5 milhões; e o apoio
em capacitação para o Ministério dos
Recursos Minerais e Energia receberá
o equivalente a USD $ 2,0 milhões.
“Este projecto, designado Projecto
de Eficiência Energética e Melhoria
da Confiabilidade, faz parte de
um programa abrangente de apoio do
Banco Mundial ao sector de energia
em Moçambique e representa um esforço
coordenado e complementar ao
de outros parceiros de desenvolvimento
que apoiam o desenvolvimento do
sector”, destacou Zayra Romo, Especialista
Sénior em Energia e principal
responsável da equipe para a operação.
Com efeito, este investimento
baseia-se em lições aprendidas e ganhos
de outras acções apoiadas pelo
Banco Mundial e recentemente implementadas,
como seja o Projecto de Modernização
e Transmissão; e o Projecto
de Desenvolvimento e Acesso à Energia
(EDAP), entre outros investimentos
anteriores.
Sobre a IDA
A Associação Internacional de
Desenvolvimento (IDA) do Banco
Mundial foi criada em 1960 e ajuda os
países mais pobres do mundo, fornecendo
financiamento com juros baixos
e ou a zero para projectos e programas
que impulsionam o crescimento econó-
mico, reduzam a pobreza e melhoram a
vida das pessoas pobres. A IDA é uma
das maiores fontes de assistência para
os 75 países mais pobres do mundo,
dos quais 39 encontram-se em África.
Os recursos da IDA trazem mudanças
positivas para 1.500 milhões de pessoas
que vivem em países financiados
pela IDA. Desde 1960, a IDA apoiou o
trabalho de desenvolvimento em 113
países.
Os compromissos anuais têm
em média cerca de US $ 18 bilhões nos
últimos três anos, com cerca de 54"
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
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