segunda-feira, 2 de maio de 2022

MANUELA BAIROS EMBAIXADORA DE PORTUGAL EM TIMOR LESTE, DEFENDE PROGRAMAS DE COOPERACAO QUE AJUDEM A CRIAR EMPREGO.

29-04-2022 10:39 Embaixadora portuguesa em Díli defende programas que ajudem a criar emprego Embaixadora portuguesa em Díli defende programas que ajudem a criar emprego facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Díli, 29 abr 2022 (Lusa) - A embaixadora de Portugal em Díli disse hoje que gostaria de ver Portugal, potencialmente em cooperação com outros doadores, apoiar Timor-Leste em iniciativas que ajudem a fomentar a criação de emprego jovem no país. “Pessoalmente o que gostaria de ver, se Portugal pudesse contribuir, era algum investimento produtivo que desse alguma esperança no sentido de haver empregos para esta juventude. Vemos é a juventude a continuar a sair do país”, disse Manuela Bairos em entrevista à Lusa. “Os doadores têm que se articular um pouco melhor aproximar-se do Governo naquelas que são dificuldades estruturais ou enquadramento, e trabalhar para ajudar a criar emprego e perspetivas. Um país não pode ver esta permanente esta sangria da sua juventude a sair à procura de saídas profissionais” Manuela Bairos, que apresentou credenciais há cerca de um mês, considera que essa poderia ser “a pouco e pouco uma prioridade”, sublinhando áreas em que Portugal, pela sua experiência e valência pode ter um contributo importante. “Pescas e turismo em que Portugal pode dar contributo por ter experiência. Está longe e pode encontrar parceiros locais e internacionais, cooperação triangular, multilateral para ajudar a criar emprego. Esse é o grande problema em Timor-Leste, encontrar saídas profissionais para os jovens”, afirmou. Além disso, Manuela Bairos destacada ainda o eventual contributo português para ajudar a preservar o património documental e edificado no país, algum do qual corre riscos de se perder. “Poderíamos preservar o património histórico aqui, património comum de Timor mas também português, será tarefa de menor ambição, exige menores recursos. Se houver cheias ou um problema grave há coisas que se vão perder”, disse. “Não seria impossível fazer alguns projetos de curto e médio prazo nessa área”, considerou. A diploma destaca o carinho que em Timor-Leste ainda se sente por Portugal e a importância que a relação bilateral entre os dois países ainda assume e, neste contexto sublinha o “entusiasmo” no país com a visita em maio do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. “Vejo e espero que seja entendido em Lisboa que esta visita vai durar na memória de muita gente durante muitos anos e aquilo que o senhor Presidente puder fazer para deixar aqui um lastro mais significativo e prolongado possível, temos que sensibilizar Lisboa para isso”, afirmou. “Uma visita desta natureza é uma visita histórica. Quem veio a Timor percebe isso, quem vive em Timor percebe isso, se calhar as pessoas em PT que nunca vieiram cá, talvez não seja tão ostensivo. Acho que o senhor Presidente quando chegar vai perceber isso. Bairos regressou a Timor-Leste pela primeira vez depois de, em 2014, estar em missão de serviço no país na Comissão de acompanhamento da presidência timorense da CPLP, em 2014. No regresso, nota a “revitalização do país depois de dois anos em que a covid-19 bloqueou muito do desenvolvimento” e uma “diferença nas infraestruturas”, com “progressos no país do ponto de vista da língua portuguesa”. Os objetivos da cooperação portuguesa no país continuam a ser dominados pelos setores da educação, formação e capacitação, setores em que Timor-Leste pediu o apoio de Portugal. “Cerca de 80% da nossa cooperação é na educação, formação e capacitação, e isso tem a ver com ramificações na área da justiça, da defesa e segurança”, disse. Destacou ainda a cooperação nos setores da justiça, defesa e segurança, finanças públicas e em particular o “investimento muito consistente de Portugal na área da Segurança Social” do país. “Aí está também o espírito do 25 de abril, não é só restaurar a liberdade, é fazer com que a democracia tenha qualidade e as pessoas tenham acesso a educação, saúde e segurança social, acesso a uma velhice tranquila e com proteção das pessoas mais vulneráveis”, disse. A embaixadora explicou que nos contactos que tem tido as autoridades timorenses lhe solicitaram um reforço adicional no ensino do português Bairos, de 60 anos e natural de Vila do Porto, Açores, é licenciada em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, com uma pos-graduação em Estudos Europeus pela Universidade Católica Portuguesa e um mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard. Entre outros postos, esteve em 1999 em comissão de serviço na Secção de Interesses de Portugal em Jacarta, e, posteriormente, destacada na Missão Portuguesa em Timor-Leste, em Darwin em apoio às operações de auxilio humanitário aos refugiados timorenses. Voltou a estar em comissão de serviço, na já Embaixada de Portugal em Jacarta, até junho de 2000, antes de assumir funções como chefe de divisão no Instituto da Cooperação Portuguesa. Esteve em comissão de serviço no Consulado em Hamilton, Bermudas, entre dezembro de 2001 a fevereiro de 2002, foi chefe de divisão na Direção de Serviços da Europa da Direção Geral das Relações Bilaterais e, posteriormente, cônsul-geral cm Boston. Foi conselheira de embaixada em Paris, chefe do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e cônsul-geral em Nova Iorque, ministra plenipotenciária de 1.a classe, na Embaixada em Nicósia, com credenciais de embaixadora, acreditada simultaneamente como embaixadora não-residente na República do Líbano. O seu último posto antes de Timor-Leste foi no Chipre. ASP // PJA Lusa/FIm FONTE LUSA

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