sábado, 14 de janeiro de 2023

CABO VERDE ULISSES CORREIA E SILVA, PRIMEIRO MINISTRO TEM COMO GRANDE DESIGNIO ELIMAR POBREZA EXTREMA EM CABO VERDE.

13-01-2023 18:54 Eliminar pobreza extrema em Cabo Verde é “grande desígnio” - PM Eliminar pobreza extrema em Cabo Verde é “grande desígnio” - PM facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Praia, 13 jan 2023 (Lusa) - O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva sublinhou hoje a importância de concretizar o “grande desígnio” de eliminar a pobreza extrema no país, para cumprir a democracia. “Da parte do Governo, vamos continuar a fazer as reformas necessárias, mas essencialmente concretizar aquilo que tem sido o nosso grande desígnio que é eliminar a pobreza extrema em Cabo Verde”, afirmou Ulisses Correia e Silva, após a cerimónia oficial que assinalou o Dia da Liberdade e da Democracia. “Porque a democracia pressupõe dignidade, dignidade da pessoa humana, e temos essa ambição, esse compromisso de eliminar a pobreza extrema, até para que as pessoas possam se sentir mais livres. Livres nas suas opções de vida, de terem maior autonomia de decisão, de se dedicarem às suas famílias. Esse é o grande objetivo que falta atingir, mas estamos focados e determinados em como vamos triunfar”, acrescentou. O Governo cabo-verdiano assumiu anteriormente o objetivo de acabar com a pobreza extrema - pessoas que vivem com menos de 1,90 dólares por dia - no arquipélago até 2026. Ulisses Correia e Silva disse que o dia é “de celebração”, por se tratar de “uma data muito importante para a Nação cabo-verdiana” que “representa a democracia, a liberdade e a entrada de Cabo Verde no concerto das nações democráticas, e com implicações muito concretas”. O parlamento cabo-verdiano, na Praia, recebeu a sessão solene comemorativa do Dia da Liberdade e da Democracia, que assinala a realização, em 13 de janeiro de 1991, das primeiras eleições multipartidárias em Cabo Verde, após o período do partido único no país. “A liberdade de expressão, a liberdade sindical, a liberdade de imprensa, a liberdade económica. São grandes ganhos que foram alcançados com o ‘13 de Janeiro’. Mas também o reconhecimento internacional de Cabo Verde como uma democracia prestigiada. A Democracia é um compromisso de todos. Das instituições, do Governo, do parlamento de todo o sistema político e, como não podia deixar de ser, dos cidadãos”, disse o primeiro-ministro, após a cerimónia. O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, afirmou que a democracia no país “não vai bem” com milhares de cabo-verdianos a viverem em pobreza extrema ou em “crise alimentar aguda”. “A democracia não se esgota apenas na realização da eleição, por mais que ela ocorra com pontualidade e os seus resultados sejam sempre respeitados. A nossa não vai bem quando cerca de 73 mil cabo-verdianos vivem em situação de extrema pobreza e aproximadamente 46 mil em situação de crise alimentar aguda”, afirmou o chefe de Estado no discurso oficial das comemorações do Dia da Liberdade e da Democracia. “O desemprego jovem é elevado, a inflação atinge principalmente as famílias mais carenciadas e a desigualdade aumenta. De salientar que a condição de pobreza não é uma opção, sendo que ela fere a dignidade humana e é um terreno fértil para o condicionamento do voto”, acrescentou. Para o chefe de Estado e antigo primeiro-ministro (2001-2016), “constata-se a urgência de uma reforma global do Estado e da Administração Pública, com medidas estruturantes, adequando as suas dimensões às reais necessidades do país, reduzindo custos, potenciando ganhos de eficácia e de eficiência, com mais flexibilidade e respondendo com mais sofisticação aos ingentes desafios do atual contexto socioeconómico”. “Bem concebida e executada”, essa reforma, disse, “será capaz de ter efeitos na redução das despesas de funcionamento do Estado, libertando meios para o combate à pobreza e às desigualdades, contribuindo efetivamente para que uma larga franja de cabo-verdianos das classes mais desfavorecidas possa ter acesso a mais recursos, de forma a poder ter uma vida mais digna”. PVJ // LFS Lusa/Fim FONTE LUSA

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