quinta-feira, 4 de novembro de 2021

MOCAMBIQUE MISSAO PARLAMENTAR UE - ACP CONSIDERA INSUFICIENTE A ASSISTENCIA AS POPULACOES DESLOCADAS AINDA NAO TEM O APOIO HUMANITÁRIO QUE É PRECISO, AFIRMOU CARLOS ZORRINHO PRESIDENTE DA DELEGACAO À ASSEMBLEIA PARLAMENTAR PARITÁRIA AFRICA, CARAIBAS E PACIFICO - UNIAO EUROPEIA QUE REALIZA UMA MISSAO DE OBSERVACAO A MOCAMBIQUE DESDE SABADO E ATÉ HOJE QUINTA FEIRA. POR ACASO ESTE DIRIGENTE É CIDADAO PORTUGUES!

"03-11-2021 16:44 Moçambique/Ataques: Missão parlamentar UE-ACP considera assistência insuficiente Moçambique/Ataques: Missão parlamentar UE-ACP considera assistência insuficiente facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Maputo, 03 nov 2021 (Lusa) - O eurodeputado Carlos Zorrinho considerou hoje insuficiente a assistência humanitária às vítimas da violência armada na província de Cabo Delgado, apelando à proteção do “direito à sobrevivência” dos deslocados. “As populações deslocadas ainda não têm o apoio humanitário que é preciso”, declarou aos jornalistas o presidente da delegação à Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico - União Europeia (ACP-UE) que realiza uma missão de observação a Moçambique desde sábado e até quinta-feira. O eurodeputado alertou que o drama humanitário enfrentado pelos deslocados de guerra na província de Cabo Delgado, norte do país, vai agravar-se com a chegada da época chuvosa, que em Moçambique começa em outubro e se prolonga até março. “Numa zona que tem um microclima complicado e onde muitas vezes existem chuvas muito fortes, há algum risco de todos aqueles acampamentos [de deslocados] não terem a resiliência para fazerem face a isso”, enfatizou, numa alusão aos locais de reassentamento onde as famílias vivem sob lonas, caniço ou outros materiais improvisados. Carlos Zorrinho observou que o facto de o mundo estar a debater-se com várias crises humanitárias não pode servir de desculpa para que a assistência humanitária não alcance os necessitados, porque é imperioso assegurar “o direito à sobrevivência e a uma vida digna”. “O que acontece em Cabo Delgado merece toda a atenção e nós faremos isso, porque não nos podemos desculpar por haver muitos problemas parecidos" noutras partes do mundo, sustentou. "Temos é de resolver cada um deles e cada um que ficar resolvido é um passo em frente”, enfatizou Zorrinho. O eurodeputado defendeu ainda a necessidade de coordenação entre todas as instituições envolvidas na ajuda humanitária visando uma maior eficácia. “Nenhum dos atores tem condições de dar uma resposta integrada [sozinho], a resposta integrada é a soma das respostas individuais de cada um e por isso temos que nos coordenar para dar essa resposta integrada”, destacou. Por outro lado, prosseguiu, a resolução da crise humanitária e de segurança em Cabo Delgado deve passar pela inclusão das populações locais, porque também “têm soluções e ambições” em relação à situação que enfrentam e ao seu futuro. No âmbito da visita a Moçambique, a missão de observação da Assembleia Parlamentar Conjunta ACP-UE visitou o campo de acolhimento de Metuge, em Cabo Delgado, que alberga 150 mil deslocados pela violência armada em Cabo Delgado. A missão manteve encontros com altos dirigentes do Estado moçambicano e de Cabo Delgado, deputados da Assembleia da República e representantes de organizações não-governamentais moçambicanas e internacionais, bem como entidades religiosas. A equipa integra cinco eurodeputados e três representantes dos países da ACP. A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas. Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020. PMA // JH Lusa/Fim" FONTE LUSA

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