terça-feira, 16 de novembro de 2021

MOCAMBIQUE GALP ADMITE CONSTRUCAO DE UMA SEGUNDA PLATAFORMA DE GÁS.

15-11-2021 11:46 Galp admite construção de uma segunda plataforma de gás em Moçambique Galp admite construção de uma segunda plataforma de gás em Moçambique facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Geoje, Coreia do Sul, 15 nov 2021 (Lusa) - O administrador da Galp Thore Kristiansen disse hoje que pode valer a pena estudar a possibilidade de instalar uma segunda plataforma de gás em Moçambique, à margem da cerimónia em que a primeira estrutura do tipo se fez ao mar, na Coreia do Sul. "A próxima fase [de exploração de gás] passa por fazer linhas de liquefação em terra, mas devido à situação de insegurança isso foi colocado em pausa e esperamos que a situação de estabilize", referiu, numa alusão à insurgência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique. Até lá, "uma das coisas que vai ser desenvolvida é apurar se há formas alternativas de aproveitamento destes recursos. E então pode ser que se avalie se uma segunda plataforma como esta pode ser uma alternativa". Uma hipótese no campo dos estudos, porque, "nesta fase, o foco é desenvolver as reservas com linhas de liquefação em terra, que é a forma ideal de construir um negócio com escala", acrescentou. Kristiansen falava nos estaleiros de Geoje onde a Eni, como líder do projeto Coral Sul da Área 4 (concessão de que a Galp faz pare) lançou a plataforma que a partir de 2022 vai estrear a exploração das reservas da bacia do Rovuma, consideradas das maiores descobertas de gás a nível mundial. O administrador da petrolífera portuguesa que assistiu à cerimónia de hoje considera que Moçambique é um país "abençoado" com um recurso que o projeto Coral Sul eleva para o "próximo nível", com inicio de produção em 2022. "É um marco importante para Moçambique e para a Galp", uma vez que se trata da "primeira produção de gás não associada ao petróleo" da Galp, destacou. O aproveitamento das reservas da bacia do Rovuma é apontado também como uma resposta às mudanças climáticas, argumenta Kristiansen. Por ter "cerca de metade das emissões que tem o carvão, o gãs pode ser uma fonte com um papel importante na transição para uma sociedade com menos carbono". Após a cerimónia de hoje, a plataforma flutuante Coral Sul solta amarras do cais de Geoje na terça-feira para ser conduzida por três rebocadores durante 60 dias, através do oceano Índico, até chegar ao ponto de ancoragem ao largo de Moçambique. Seguem-se preparativos técnicos, como a fixação a 50 quilómetros da costa da província de Cabo Delgado através de 20 amarras fixadas no fundo do mar (a dois mil metros de profundidade), bem como a ligação aos seis poços já perfurados. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma 'joint venture' em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detém cada uma participações de 10%. *** A Lusa viajou à Coreia do Sul a convite do governo de Moçambique e do consórcio da Área 4 de exploração de gás. *** LFO // PJA Lusa/fim" FONTE: LUSA

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