""Gás moçambicano vai contribuir para mudar percepção mundial da CPLP - CEO da Galp
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.
Qua, 05 de Março de 2014 21:57
O gás de Moçambique e o petróleo do Brasil vão mudar a percepção que o mundo tem da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).Esta opinião é de Manuel Ferreira de Oliveira, CEO da portuguesa Galp Energia, empresa que está nos dois palcos (Moçambique e Brasil).Nos países da lusofonia, especificamente em Angola, Moçambique e Brasil, desde 2006 até hoje, ocorreram 26 por cento de todas as novas descobertas de petróleo e gás. E das descobertas no mar profundo, 52 por cento. A taxa de crescimento desta actividade vai ser explosiva, diz Ferreira de Oliveira, numa entrevista ao diário luso 'Público' por telefone a partir de Maputo, a capital moçambicana.'Não tenho dúvida que, nesta década em que estamos a viver, vai posicionar a CPLP em termos geopolíticos no mundo. Moçambique tem hoje em desenvolvimento o maior projecto de gás do mundo e o Brasil o maior projecto de petróleo do mundo. Estar nestes dois projectos é um privilégio enorme e uma responsabilidade gigantesca', sublinha o CEO da portuguesa Galp Energia. Em 2020, a Galp espera produzir 300 mil barris de petróleo por dia, 80 por cento dos quais no Brasil.A Galp Energia está presente em Moçambique desde 2007, entrada marcada pela assinatura do contrato de farm-in com a italiana Eni e com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), de Moçambique, para a exploração da área 4, localizada nas águas ultra-profundas da bacia de Rovuma, no norte do país.As reservas de gás natural do Rovuma estão entre as maiores do mundo, atraindo várias multinacionais como a norte-americana Anadarko, a japonesa Mitsui, a BPRL Ventures e Videocon (ambas da Índia), entre outras.Em Outubro de 2013, o presidente do Conselho de Administração da ENH, Nelson Ocuane, quantificou em 180 triliões de pés cúbicos o volume de gás descoberto na Bacia do Rovuma pelo consórcio em que a ENH é parte com a americana Anadarko e a italiana ENI, projectando uma evolução das estimativas até 200 triliões de metros cúbicos.Estão previstos investimentos na ordem dos 40 mil milhões de dólares norte-americanos (29,5 mil milhões de euros) para a fase de produção de gás natural na Bacia do Rovuma.'Estes são os valores estimados para a primeira fase, mas, tendo em conta que ao fim de 30 anos todos os custos estarão recuperados, as receitas fiscais vão aumentar', adiantou o presidente do Conselho de Administração da ENH.Segundo a ENH, que gere as participações do Estado moçambicano nos recursos minerais, 'todos os esforços estão a ser feitos' para que a produção de gás em Moçambique arranque em 2018.
(RM/AIM)"FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.
Sem comentários:
Enviar um comentário