O PORTO de Maputo já tem capacidade para a atracagem de navios de 90 mil toneladas de carga, como resultado da dragagem do canal, de menos 11 metros para menos 14.2, no topo da preia-mar.
Os trabalhos de dragagem começaram em Maio e têm a sua conclusão prevista para o próximo mês de Janeiro. Com efeito, a primeira embarcação com esta capacidade deixou quinta-feira o porto de Maputo, facto que não acontecia desde a construção desta infra-estrutura. Trata-se do MV Mineral Belgium, com um calado de 11,40 metros, 289 metros de comprimento e 45 de largura. É, também, o navio com mais porões a atracar no porto (nove).
“Este é um importante marco para o porto de Maputo: é a primeira embarcação a carregar mais de 80.000 toneladas, algo que há 6 meses poderíamos apenas sonhar fazer! Hoje temos a certeza que podemos sonhar mais alto e a nossa próxima meta é carregar 100 mil toneladas”, comentou Osório Lucas, Director-Executivo da empresa MPDC.
Segundo um comunicado enviado ao “Notícias”, o MV Mineral Belgium carregou 90 mil toneladas de ferro-crómio e crómio de apenas dois clientes.
Toda a operação de carregamento foi feita com base em guindastes móveis, parte dos investimentos efectuados pela MPDC em equipamento, que permitiram por um lado aumentar a produtividade e, por outro, melhorar a competitividade do porto.
“Esta operação é de grande importância para o sector e para a economia do nosso país. Poder ter navios deste porte a escalar o porto de Maputo, significa que nos tornaremos mais competitivos e que estes navios poderão fazer uma escala directa, sem ter de recorrer a outros portos da região, como Durban e Richard’s Bay”, afirmou o Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
“É fundamental que outros parceiros da cadeia logística alinhem as suas estratégias de forma a mantermos a competitividade dos nossos portos”, acrescentou Mesquita.
A par da dragagem ao canal, o porto de Maputo passou a oferecer recentemente serviços de “bunkering” para todas as embarcações, atracadas ou na zona de ancoradouro. O fornecimento de combustíveis e lubrificantes está a ser feito no âmbito de um acordo entre a MPDC e a Petromoc Bunkering e está integrado numa série de iniciativas que visam melhorar os serviços oferecidos pelo porto, tornando-o mais competitivo nos mercados regional e internacional."
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE
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