EDITORIAL
Paz acima de tudo
Beira (O Autarca) – Retoma esta segunda-feira
(08), em Maputo, o diálogo político reunindo delegações
do Governo e da Renamo com mediadores internacionais
propostos pelas duas partes em negociação. O diálogo havia
sido interrompido para dar lugar a harmonização dos
pontos em discussão. Há muita expectativa no seio dos moçambicanos de ver a missão mediadora internacional conseguir
aproximar os pontos da agenda para facilitar o entendimento
entre as partes em conflito. Sucede, porém, que os
pontos levantados por cada uma das partes em negociação
não tem sido fácil a sua conciliação. No entanto, o que os
moçambicanos rogam neste momento às duas delegações
negociais e a missão internacional de mediação é que alcancem
entendimento em relação a necessidade do calar
das armas. A paz é acima de tudo a mais fundamental neste
momento para os moçambicanos, que apelam a máxima
compreensão dos mandatários do Governo e da Renamo a
conseguirem a cessação das hostilidades militares que estão
a ceifar vidas humanas, a provocar destruições e a contribuir
sobremaneira para a retracção do desenvolvimento económico
e social do país. A questão da desmilitarização
da Renamo exigida pelo Governo e a governação das províncias
reivindicadas pela Renamo não pode constituir assunto
mais importante neste momento para além da pacificação
urgente do país. Aspectos burrocráticos e de natureza
política podem ser tratados a posterior. O mais importante
neste momento, reafirmamos, é a paz. Os moçambicanos
pretendem continuar a produzir, a circular e fazer circular
as suas mercadorias num ambiente de absoluta segurança.
Os corredores nacionais devem continuar a servir de alavanca
a economia do país, sendo para tal necessário que sejam
utilizados, sobretudo pelos países do interland qie são
os maires utentes dos portos moçambicanos, com destaque
para o Porto da Beira, na província de Sofala, centro de
Moçambique. Oxa-lá desta vez o Governo
e a Renamo consigam alcançar o
entendimento sobre a paz.■"
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
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