A ECONOMIA do Malawi poderá registar uma relativa melhoria nos próximos tempos, caso se concretizem as medidas de ajustamento estrutural.
O ministro malawiano das Finanças, Goodall Gondwe, expressou a sua confiança nos esforços do Governo para estabilizar o kwacha, a moeda nacional que se depreciou em mais de trezentos por cento desde 2014.
No mercado oficial um dólar chegou a ser trocado por setecentos e quinze kwachas, deixando a praça e os homens de negócios em estado de pânico.
Combinado com uma fraca colheita de milho, o kwacha sofreu uma grande pressão e a inflação atingiu vinte e cinco por cento, com o custo de vida a agravar-se devido à subida de preços dos alimentos, empurrando para a miséria milhões de famílias de baixa renda.
Citado pela Rádio Moçambique, o ministro das Finanças disse que as taxas do mercado paralelo, que muitas vezes constituem um indicador da taxa de câmbio nas economias dos países em desenvolvimento, apontam que o declínio do kwacha está a chegar ao fim.
“Achamos que o kwacha irá estabilizar esta semana ou na próxima”, disse Gondwe. “Se você for para o mercado paralelo verá que a diferença entre a taxa de mercado paralelo e a oficial não é muito significativa, o que indica que atingiu o seu ponto de equilíbrio”, acrescentou o governante malawiano.
O kwacha foi igualmente afectado pela suspensão do apoio directo ao Orçamento do Estado por parte dos doadores internacionais, ao mesmo tempo que a receita do tabaco, a principal fonte de captação de divisas, estava a registar uma quebra significativa.
Gondwe anunciou que se prevê um crescimento económico de quatro por cento para 2016, contra os três por cento no ano passado, com o país a recuperar de uma seca causada pelo fenómeno “El Niño”.
A agricultura é responsável por quase um terço da economia do Malawi e garante o sustento de oitenta por cento da população.
No ano passado o país sofreu as piores inundações da sua história, seguindo-se uma seca que atingiu a produção do milho em toda a África Austral.
O Malawi é considerado um dos países mais pobres do mundo."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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