Um comboio transportando 32 contentores de carga diversa acaba de ligar o Porto de Nacala, em Moçambique à cidade de Chipata, na Zâmbia, com passagem pelo vizinho Malawi, num percurso aproximado de 750 quilómetros cumpridos no espaço de uma semana.Tal marco, descrito pelo presidente do Triângulo de Desenvolvimento Regional, Virgílio Ferrão, enquadra-se nos esforços visando o uso sustentável do Corredor de Nacala, numa iniciativa que envolve o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento, a União Europeia e a Trade Mark da África do Sul.Com vista a impulsionar uma efectiva integração regional, os mentores da iniciativa esperam que, no sentido descendente, o tráfego ferroviário seja basicamente constituído por algodão, milho, cobre, tabaco, entre outros produtos que a Zâmbia e o Malawi pretendam colocar na rota da exportação através do Porto de Nacala.Contactado telefonicamente ontem pela nossa Reportagem na cidade da Beira, Virgílio Ferrão descreveu a experiência como tendo sido algo difícil, pelo facto de ao longo do trajecto, nomeadamente num troço de 300 quilómetros, a via ter sido invadida por capim, o que acabou ditando restrições de velocidade das duas locomotivas que formavam o comboio-experimental.Como consequência, segundo Ferrão, foi necessário estender o tempo de viagem até uma semana, para cumprir o trajecto Nacala-Lilongwe-Chipata, e quatro dias para o sentido Chipata-Lilongwe-Nacala.Ainda assim, a fonte ressalvou que o projecto está aí, sendo importante para os empresários do Triângulo, como meio animador de transportes e comunicações complementares entre os três países.
Por seu turno, o representante da Comissão dos Transportes da Zâmbia (CEAR), Ziyauddin Daya, declarou que este feito é gratificante, pois se trata de viabilizar uma linha construída em 1970, que entretanto nunca tinha sido percorrido por nenhum comboio no troço zambiano, devido sobretudo ao seu precário estado de conservação.Refira-se que os antigos Presidentes da Zâmbia, Rupia Banda, e do Malawi, Bingu Wa Mutharika, inauguraram, em 2006, a ligação ferroviária entre os dois países e o porto de Nacala, essencialmente para reduzir em cerca de metade os custos de importação e exportação de Lusaka.Tal troço compreendia 27 quilómetros entre Mitsinje, no Malawi, e Chibata, na Zâmbia, fazendo a ligação até ao porto de Nacala, resultantes do investimento de dez milhões de dólares norte-americanos.Na altura, especialistas zambianos na área dos transportes consideraram que a linha seria de extrema importância, na medida em que a ligação até ao oceano Índico reduz em 800 quilómetros as distâncias rodoviárias que eram até então a rota das suas operações de importação e exportação.Banda chegou mesmo a considerar que a ligação iria impulsionar a integração regional e encurtar a rota das importações e exportações do seu país, revelando que estava ansioso em ver os benefícios para os países da região. Por sua vez, o então Chefe de Estado malawiano considerara que a linha era vital para os três países que, através dela, tinham uma oportunidade de avançar juntos e consolidar as relações económicas.O Triângulo de Desenvolvimento Zâmbia, Malawi e Moçambique (ZMM-TD) tem, entre outros objectivos, incrementar acções do sector privado como um dos pilares fundamentais da iniciativa.
Horácio João"
Por seu turno, o representante da Comissão dos Transportes da Zâmbia (CEAR), Ziyauddin Daya, declarou que este feito é gratificante, pois se trata de viabilizar uma linha construída em 1970, que entretanto nunca tinha sido percorrido por nenhum comboio no troço zambiano, devido sobretudo ao seu precário estado de conservação.Refira-se que os antigos Presidentes da Zâmbia, Rupia Banda, e do Malawi, Bingu Wa Mutharika, inauguraram, em 2006, a ligação ferroviária entre os dois países e o porto de Nacala, essencialmente para reduzir em cerca de metade os custos de importação e exportação de Lusaka.Tal troço compreendia 27 quilómetros entre Mitsinje, no Malawi, e Chibata, na Zâmbia, fazendo a ligação até ao porto de Nacala, resultantes do investimento de dez milhões de dólares norte-americanos.Na altura, especialistas zambianos na área dos transportes consideraram que a linha seria de extrema importância, na medida em que a ligação até ao oceano Índico reduz em 800 quilómetros as distâncias rodoviárias que eram até então a rota das suas operações de importação e exportação.Banda chegou mesmo a considerar que a ligação iria impulsionar a integração regional e encurtar a rota das importações e exportações do seu país, revelando que estava ansioso em ver os benefícios para os países da região. Por sua vez, o então Chefe de Estado malawiano considerara que a linha era vital para os três países que, através dela, tinham uma oportunidade de avançar juntos e consolidar as relações económicas.O Triângulo de Desenvolvimento Zâmbia, Malawi e Moçambique (ZMM-TD) tem, entre outros objectivos, incrementar acções do sector privado como um dos pilares fundamentais da iniciativa.
Horácio João"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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