"2014-02-18 às 11:28
FONTE: PORTAL DO GOVERNO DE PORTUGAL
PORTUGAL É HOJE OLHADO «COMO UM EXEMPLO DE PERSISTÊNCIA, INCONFORMISMO E ESFORÇO REFORMISTA»
Portugal é hoje olhado «como um exemplo de dar sentido a sacrifícios tão exigentes e dolorosos, de persistência, de esforço reformista e de inconformismo com um passado de estagnação», afirmou o Primeiro-Ministro, na conferência organizada pelo The Economist, intitulada «As perspetivas para o crescimento económico e reformas», em Cascais. Pedro Passos Coelho acrescentou que os portugueses projetam a imagem de um povo que quer «mudar para um futuro de prosperidade com sustentabilidade».
Sublinhando que as dificuldades se mantêm, e são necessários ainda «grandes sacrifícios», o Primeiro-Ministro referiu: «Foram e são múltiplos os nossos obstáculos e desafios» e «é grande a dor que o desemprego e a frustração de expectativas ainda geram».
Mesmo assim, lembrou Pedro Passos Coelho, a situação em que o País se encontra atualmente representa «uma mudança considerável», quando comparada com os primeiros meses de 2011: «O País chegara à beira de um colapso financeiro e económico. Restava saber se conseguiria cumprir o programa de assistência económica e financeira. E restava saber se, tendo sucesso no cumprimento deste Programa, a execução da estratégia de reforma traria resultados».
«Durante o primeiro ano de execução do Programa, a imprensa estrangeira foi predominantemente céptica […] Por outro lado, a crise na zona euro estava longe de ser superada, com a Grécia mergulhada numa crise profunda e com muitos a pensar que Portugal viria a seguir na lista dos que acabariam por necessitar de um segundo programa. Por fim, mesmo os que acreditavam no compromisso do Governo em cumprir o Programa, desconfiavam que os resultados práticos de tais reformas demorariam demasiado a manifestar-se, deixando a grande incógnita sobre como haveria Portugal de regressar ao crescimento da economia, sem o qual não haveria sustentabilidade da dívida», afirmou o Primeiro-Ministro.
E acrescentou: «Mas em Portugal, a grande maioria dos portugueses acreditou que seríamos capazes de cumprir este difícil e exigente Programa, fazendo-o sem sermos arrastados para um segundo resgate […] Foi a vontade dos portugueses de permanecer na zona euro, de honrar os nossos compromissos europeus e de mudar a nossa economia que determinou a viragem que hoje vivemos». «Foi este, creio, o nosso grande trunfo».
«Agora que nos aproximamos do final do Programa, esse é um facto que não pode ser ignorado e que merece o meu mais profundo reconhecimento», referiu Pedro Passos Coelho, sublinhando também que «os nossos parceiros europeus sempre confiaram nas nossas capacidades, e este voto de confiança acabou por ser decisivo na frente externa».
Paralelamente, «graças aos nossos trabalhadores e empresários, e aos primeiros efeitos das reformas estruturais, a economia inverteu a trajetória recessiva e começou a crescer». «Ao mesmo tempo, temos recebido notícias encorajadoras do mercado de trabalho ao longo dos últimos três trimestres de 2013, com a criação líquida de mais de 120 mil postos de trabalho», o que são «os dados mais significativos da passagem da recessão e destruição de emprego para a recuperação económica do País».
Exemplificando com outros indicadores, o Primeiro-Ministro afirmou que «o crescimento das exportações foi, nestes últimos anos, um dos maiores em toda a zona euro […] A produção industrial registou, em dezembro, o maior crescimento mensal da União Europeia, e 2013 foi o melhor ano de sempre no turismo».
«Dados avançados da OCDE continuam consistentemente a anunciar a consolidação destes resultados em 2014», sendo que «na última publicação, a OCDE revelou que o crescimento homólogo do turismo em Portugal lidera o de todos os seus Estados-membros», sublinhou.
«Houve, portanto, uma grande mudança nas nossas perspectivas que dá outro ânimo aos portugueses», embora «a mudança mais significativa - do ponto de vista externo - tenha ocorrido na percepção da comunicação social estrangeira», referiu Pedro Passos Coelho, acrescentando: «De facto, até meados de 2012, Portugal figurava no radar da imprensa internacional por más razões. Contudo, nos últimos meses, Portugal passou a ser referido nas grandes sedes do debate público europeu e internacional por se ter constituído como bom exemplo».
Devido a esta mudança «o objectivo de abrir a economia está ao nosso alcance. As reformas estruturais são, para isto, fundamentais. Mais concorrência, menos proteção dos setores não-transacionáveis e aumento do capital humano são factores da abertura interna da economia, ou seja, de uma participação mais intensa de todos os portugueses na vida económica», afirmou o Primeiro-Ministro.
«Ao mesmo tempo, a internacionalização do sistema de ensino e científico e das instituições públicas e privadas constituem outro aspecto importante deste processo de abertura, que terá reflexos nas exportações e na atração de investimento estrangeiro e na qualidade de vida de todos os portugueses», realçou Pedro Passos Coelho, lembrando que «estes são tempos de mudança», pelo que «precisamos de realismo nos diagnósticos e nas opções, bem como de confiança renovada para enfrentar os desafios do futuro».
Reafirmando a importância de uma união bancária na União Europeia para aumentar a eficácia das reformas empreendidas, concluiu: «Não posso deixar de insistir neste ponto. A fragmentação financeira não tem sido só um factor de agravamento da crise económica nos países mais afectados […], é também algo que contraria diretamente a própria lógica do mercado único».
Sublinhando que as dificuldades se mantêm, e são necessários ainda «grandes sacrifícios», o Primeiro-Ministro referiu: «Foram e são múltiplos os nossos obstáculos e desafios» e «é grande a dor que o desemprego e a frustração de expectativas ainda geram».
Mesmo assim, lembrou Pedro Passos Coelho, a situação em que o País se encontra atualmente representa «uma mudança considerável», quando comparada com os primeiros meses de 2011: «O País chegara à beira de um colapso financeiro e económico. Restava saber se conseguiria cumprir o programa de assistência económica e financeira. E restava saber se, tendo sucesso no cumprimento deste Programa, a execução da estratégia de reforma traria resultados».
«Durante o primeiro ano de execução do Programa, a imprensa estrangeira foi predominantemente céptica […] Por outro lado, a crise na zona euro estava longe de ser superada, com a Grécia mergulhada numa crise profunda e com muitos a pensar que Portugal viria a seguir na lista dos que acabariam por necessitar de um segundo programa. Por fim, mesmo os que acreditavam no compromisso do Governo em cumprir o Programa, desconfiavam que os resultados práticos de tais reformas demorariam demasiado a manifestar-se, deixando a grande incógnita sobre como haveria Portugal de regressar ao crescimento da economia, sem o qual não haveria sustentabilidade da dívida», afirmou o Primeiro-Ministro.
E acrescentou: «Mas em Portugal, a grande maioria dos portugueses acreditou que seríamos capazes de cumprir este difícil e exigente Programa, fazendo-o sem sermos arrastados para um segundo resgate […] Foi a vontade dos portugueses de permanecer na zona euro, de honrar os nossos compromissos europeus e de mudar a nossa economia que determinou a viragem que hoje vivemos». «Foi este, creio, o nosso grande trunfo».
«Agora que nos aproximamos do final do Programa, esse é um facto que não pode ser ignorado e que merece o meu mais profundo reconhecimento», referiu Pedro Passos Coelho, sublinhando também que «os nossos parceiros europeus sempre confiaram nas nossas capacidades, e este voto de confiança acabou por ser decisivo na frente externa».
Paralelamente, «graças aos nossos trabalhadores e empresários, e aos primeiros efeitos das reformas estruturais, a economia inverteu a trajetória recessiva e começou a crescer». «Ao mesmo tempo, temos recebido notícias encorajadoras do mercado de trabalho ao longo dos últimos três trimestres de 2013, com a criação líquida de mais de 120 mil postos de trabalho», o que são «os dados mais significativos da passagem da recessão e destruição de emprego para a recuperação económica do País».
Exemplificando com outros indicadores, o Primeiro-Ministro afirmou que «o crescimento das exportações foi, nestes últimos anos, um dos maiores em toda a zona euro […] A produção industrial registou, em dezembro, o maior crescimento mensal da União Europeia, e 2013 foi o melhor ano de sempre no turismo».
«Dados avançados da OCDE continuam consistentemente a anunciar a consolidação destes resultados em 2014», sendo que «na última publicação, a OCDE revelou que o crescimento homólogo do turismo em Portugal lidera o de todos os seus Estados-membros», sublinhou.
«Houve, portanto, uma grande mudança nas nossas perspectivas que dá outro ânimo aos portugueses», embora «a mudança mais significativa - do ponto de vista externo - tenha ocorrido na percepção da comunicação social estrangeira», referiu Pedro Passos Coelho, acrescentando: «De facto, até meados de 2012, Portugal figurava no radar da imprensa internacional por más razões. Contudo, nos últimos meses, Portugal passou a ser referido nas grandes sedes do debate público europeu e internacional por se ter constituído como bom exemplo».
Devido a esta mudança «o objectivo de abrir a economia está ao nosso alcance. As reformas estruturais são, para isto, fundamentais. Mais concorrência, menos proteção dos setores não-transacionáveis e aumento do capital humano são factores da abertura interna da economia, ou seja, de uma participação mais intensa de todos os portugueses na vida económica», afirmou o Primeiro-Ministro.
«Ao mesmo tempo, a internacionalização do sistema de ensino e científico e das instituições públicas e privadas constituem outro aspecto importante deste processo de abertura, que terá reflexos nas exportações e na atração de investimento estrangeiro e na qualidade de vida de todos os portugueses», realçou Pedro Passos Coelho, lembrando que «estes são tempos de mudança», pelo que «precisamos de realismo nos diagnósticos e nas opções, bem como de confiança renovada para enfrentar os desafios do futuro».
Reafirmando a importância de uma união bancária na União Europeia para aumentar a eficácia das reformas empreendidas, concluiu: «Não posso deixar de insistir neste ponto. A fragmentação financeira não tem sido só um factor de agravamento da crise económica nos países mais afectados […], é também algo que contraria diretamente a própria lógica do mercado único».
Intervenção do Primeiro-Ministro na conferência The Lisbon Summit «A perspectiva de crescimento económico e reforma» Tipo: PDF, Peso: 42,81Kb
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