segunda-feira, 20 de agosto de 2012

BEIRA SOFALA MOÇAMBIQUE 105 ANOS, FELIZ ANIVERSÁRIO!

"Beira aos 105 anos: Lamentações mantêm-se!


A CIDADE da Beira, a segunda maior do país, assinala hoje mais um aniversário de elevação à categoria, instituída em 1907. Trata-se de mais uma efeméride que acontece numa altura em que a cidade ‘‘envelhece’’ com os seus problemas, alguns dos quais também ‘’velhos’’. Maputo, Segunda-Feira, 20 de Agosto de 2012:: Notícias . No aniversário da cidade, os seus habitantes recorrem às lamúrias de sempre, nomeadamente a dupla atribuição de terrenos, deficiente iluminação pública, criminalidade, ocupação desenfreada de espaços públicos, degradação das vias, entre outros problemas.Não obstante a isso, a capital de Sofala cresceu de certa forma em termos de urbanidade com a existência de vários projectos, sobretudo de construção civil destacando-se infra-estruturas habitacionais, comércio, serviços, entre outras.Se a cidade da Beira cresceu ao longo destes 105 anos a verdade, porém, é que também cresceram os seus problemas como, obviamente, acontece em qualquer urbe em progressão. Ou seja, quanto maior desenvolvimento se verifica também é cada vez maior o crescimento demográfico, o que acarreta outros tantos problemas, desde a habitação e o consequente saneamento, criminalidade, produção de resíduos sólidos, entre outros.E porque o desenvolvimento está a ser acompanhado igualmente pela explosão demográfica, obviamente que a conquista do espaço económico por parte de alguns munícipes também eleva o uso de tecnologias e de meios de transporte fazendo com que haja necessidade de melhoramento dos espaços, nomeadamente rede eléctrica, abastecimento de água, telecomunicações, estradas, entre outros aspectos que possam bendizer o crescimento.É notório o congestionamento das vias, particularmente na hora de ponta, dado o crescente número de viaturas que circulam na urbe. A verdade é que o número de viaturas que circulam nas artérias da capital de Sofala aumentou, de forma assustadora, fazendo com que as rodovias se tornem pequenas havendo a necessidade do seu redimensionamento para fazer face à nova realidade. Desde há algum tempo a esta parte não têm sido poucas as reclamações dos munícipes face a alguns aspectos que consideram desconfortantes. A exemplo disso, centenas de camponeses da cintura verde realizaram marchas pacíficas para pressionar a edilidade a pagá-los uma indemnização por os respectivos campos terem sido desapropriados a favor de outras actividades, sobretudo de construção de armazéns, docas secas, indústrias diversas, parques para viaturas, entre outras.Por exemplo, actualmente um grupo de cerca de 200 camponeses do 13º bairro, Alto da Manga, cujas machambas se encontram no terreno atribuído a uma empresa que pretende construir armazém e terminal de contentores, deverão ser indemnizados cujos nomes acabam de ser afixados numa lista junto à edilidade e patente em alguns órgãos de comunicação social.
Foi em reconhecimento das reivindicações que o Conselho Municipal da Beira tem vindo a proceder às indemnizações. Paralelamente, a edilidade liderada por Daviz Simango também tem ressarcido com novas construções em zonas de reassentamento aos residentes de alguns bairros abrangidos pela implantação de megaprojectos.Outro aspecto que também inquieta tanto aos residentes como a própria edilidade é a dupla atribuição de talhões. Como reconheceu em outras ocasiões o próprio edil, Daviz Simango, o ‘’cancro reside no sector de cadastro’’ onde se preze corrigir muitos aspectos que atentam para a ocorrência daqueles casos. Fora disso, munícipes há que também reclamam para uma maior intervenção da edilidade visando estancar ou repor a ordem nas vias públicas que estão sendo ‘’assaltadas’’ por vendedores ambulantes.São vários os exemplos que se podem apontar. A começar pela baixa da cidade, concretamente na Rua Correia de Brito, passando pelas terminais dos semicolectivos, vulgos ‘’chapas’’ na rua Major Serpa Pinto e Avenida Daniel Napatina, bem como junto ao famoso mercado informal do Goto, na Avenida Armando Tivane os passeios e bermas das vias são transformados todos os dias em locais para a venda de vários produtos, essencialmente roupa, peixe, hortícolas, rebuçados, entre outros. Esta situação constrange, naturalmente, os munícipes que se vêem impedidos de circular livremente.Outrossim, importa ainda referenciar que a maioria das rodovias da capital de Sofala clama por uma restauração devido ao estado deplorável de degradação em que se encontram, afectando tanto as asfaltadas como as de terra batida, estas com maior gravidade. Não obstante estas situações, o 20 de Agosto deverá contemplar entre outras realizações de carácter cultural, desportiva e recreativa, a entrega de enxoval ao 1º bebé nascido no dia da cidade, entre outras.
António Janeiro" Fonte Jornal NOTICIAS.

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