"Conferência da CPLP em Maputo vai debater segurança alimentar
"A conferência de Maputo vai, obviamente, reforçar todos os aspectos de concertação política e cooperação no seio da comunidade com enfoque na segurança alimentar e nutricional", disse o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.A segurança alimentar e nutricional é um dos principais atractivos da IX conferência da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) a ter lugar a 20 de Julho próximo na capital moçambicana, Maputo, informa a agência AIM.
Falando na sexta-feira em Maputo, em conferência de imprensa de lançamento da reunião da CPLP, Baloi disse que a questão da segurança alimentar e nutricional na organização tem mobilizado a atenção política dos governos há bastante tempo.
Apesar da adopção de várias iniciativas tendentes a combater a insegurança alimentar e nutricional, prevalecem os problemas da desnutrição aguda no espaço da CPLP, afectando aproximadamente 28 milhões de pessoas. "Assim, e tendo em vista o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), até 2015, precisamos de concertar os nossos esforços neste domínio", afirmou o diplomata moçambicano.Com efeito, foi considerado apropriado e oportuno que o tema para a próxima conferência seja: 'A CPLP e os Desafios da Segurança Alimentar e Nutricional'.Este tema transversal tem como objectivo contribuir para a erradicação da fome e da pobreza na comunidade, através do reforço da coordenação entre os Estados membros e da melhoria da gestão das políticas e programas sectoriais de segurança alimentar e nutricional.Sem avançar o montante que o país vai desembolsar para acolher esta reunião "por ainda estar a ser ajustado", o ministro Baloi disse que a conferência tem os seus custos mas que são compensados pelo facto de o país passar a ser o centro da organização, na qualidade de presidente e respectivo porta-voz.
A presidência da CPLP, que vai ser assumida por Moçambique em Julho próximo, no decorrer da cimeira que contará com a participação de oito estados membros e três observadores associados (Guine - Equatorial, Maurícias e Senegal), constitui, segundo Baloi, "um grande desafio e uma excelente oportunidade e, sobretudo, de grande prestígio para o país".Esta é a segunda vez que Moçambique tem o privilégio de presidir os destinos da comunidade desde a sua criação a 17 de Julho de 1996, em Lisboa.A presidência moçambicana da CPLP vai ainda dar continuidade aos principais assuntos e dossiers importantes tais como o fortalecimento da cooperação intra - comunitária em vários domínios como o da saúde e educação; meio ambiente e género, justiça e defesa, juventude e sociedade civil.A consolidação dos processos democráticos nos estados membros; o processo de normalização politica na Guiné-Bissau, o processo de adesão da Guine - Equatorial a membro de pleno direito da CPLP, a projecção da língua portuguesa no mundo, o crescente número de países que solicitam o estatuto de Observadores associados, são outros assuntos e dossiers que serão continuados durante a presidência moçambicana.Durante a primeira presidência moçambicana, no período de 2000 a 2002, registaram-se desenvolvimentos dignos de referência para a comunidade por terem insuflado uma nova dinâmica na organização.Com efeito, durante aquele período testemunhou-se a adesão a CPLP da República Democrática de Timor-Leste; a adopção do pilar da cooperação económica entre os estados membros e a negociação dos acordos de circulação de pessoas e bens no espaço da CPLP." Fonte RÁDIO MOÇAMBIQUE.
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