Estes dados constam do relatório do Governo da província apresentado ontem ao
Presidente da República, Armando Guebuza, durante a sessão extraordinária do
Governo provincial alargada aos membros do secretariado do Comité provincial,
administradores distritais, primeiros secretários dos comités distritais,
presidentes dos municípios e outros quadros.Na ocasião, referiu-se que este crescimento é influenciado pelo desempenho
dos sectores de Agricultura, Transportes e Comunicações e Indústria
Transformadora, concretamente pelo ramo da Indústria Metalúrgica de base, que
inclui a Mozal.Aliás, o crescimento económico previsto da produção global da província no
PES/2011 era de 13,4 porcento.No que respeita à Agricultura, a produção planificada para o período em
análise foi de 24,8 mil milhões de meticais, tendo se conseguido uma realização
de 23,8 mil milhões, o correspondente a 96,6 porcento, o que corresponde a um
crescimento de 42,2 porcento.Para o crescimento registado em 2011, a Indústria contribuiu com uma produção
69,9 mil milhões de meticais, contra os 66,8 mil milhões de meticais, o
correspondente a uma realização de 104,6 porcento e um crescimento real de 12,3
pontos percentuais.Os transportes e Comunicações tiveram um desempenho de 13,3 mil milhões de
meticais, o que significa uma realização de 108 porcento em relação ao
planificado que era de 12,2 milhões de meticais, ou seja, um crescimento de 8,3
porcento em relação a 2010.Com a inclusão do realizado em outras áreas, a produção global foi de 118,6
mil milhões de meticais, 107 porcento mais do que o planificado, que se situava
na casa dos 110,2 mil milhões de meticais, o correspondente a um crescimento de
17,6 porcento em relação aos 101,2 mil milhões de meticais referentes ao ano de
2010.Ainda ontem, Armando Guebuza orientou um comício popular na sede da
localidade de Mulotana, posto administrativo da Matola Rio, no distrito de
Boane, em que mais uma vez apelou para a unidade de todos os moçambicanos.
Segundo ele, foi com a unidade nacional que os moçambicanos conseguiram superar
as dificuldades do passado e é com ela que vencerão os desafios do presente e do
futuro, nomeadamente a luta contra a pobreza rumo ao desenvolvimento
sustentável.Na ocasião, o Chefe do Estado manifestou o seu desagrado em torno de alguns
pronunciamentos sobre a história da conquista da independência nacional. “Há
pessoas que afirmam que não era preciso os moçambicanos pegarem em armas e
lutarem para a independência porque esta mais tarde ou mais cedo viria”,
disse.Acrescentou que tais pessoas esquecem-se que Moçambique, tal como Angola,
Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, entre outros, que constituíram os
últimos países em África a aderir ao movimento independentista, depois de
falhado o processo negocial.“Esses que dizem isso são contra a nossa independência”, frisou para depois
criticar um outro grupo de pessoas que, segundo disse, afirmam que os
moçambicanos viviam melhor e eram ricos no tempo colonial.“Dizem que éramos ricos quando não tínhamos escolas. Agora temos escolas e
até universidades e dizem que somos mais pobres", afirmou para, de seguida,
acrescentar que estes também são corna a nossa independência e contrários ao
desenvolvimento nacional.A população de Mulotana, através das habituais dez pessoas que são sempre
convidadas a intervir durante os comícios do Presidente da República realizados
no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva, queixou-se da falta de água,
energia, transporte publico, vias de acesso em sobretudo, da falta de segurança
derivada da falta de um corpo policial naquela zona da província de Maputo, o
que propicia a um ambiente de elevada criminalidade que se reflecte no roubo de
gado, assaltos na via pública e homicídios.Perante estas questões, Armando Guebuza afirmou ter registrado todas as
preocupações e que o Governo, como está a fazer em todo o país, irá procurar
resolver estes problemas no âmbito da luta contra a pobreza.Hoje o Chefe de Estado trabalha no distrito de Matutuine, onde orientara um
comício popular no povoado da Ponta de Ouro, posto administrativo de Zitundo." Fonte Jornal NOTICIAS
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