"Porto da Beira vai duplicar capacidade
O PORTO da Beira, que constitui único ponto de entrada e saída de mercadorias
de alguns países do chamado “hinterland”, como Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, RD
Congo e Botswana, pretende duplicar a sua capacidade instalada no manuseamento
de contentores e carga geral.
Maputo, Segunda-Feira, 5 de Março de 2012O Facto é resultado dos investimentos aplicados pela Empresa Pública de
Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e a concessionária Cornelder de
Moçambique. Desenhado para manusear 100 mil contentores por ano, o Porto da
Beira passou em 2010 de 105 mil para 160 mil no ano passado, contra apenas 55
mil registados em 2006. Na carga geral, foram movimentadas 1.2 milhão de
toneladas em 2010 e em 2011 atingiu a cifra de 1.9 milhão, sendo um aumento de
quase 40 pontos percentuais de volume total.
Notícias .
Até 2016 espera-se que o Porto da Beira registe uma média de 400 mil
contentores como capacidade instalada. Mas, em termos de manuseamento, prevê-se
sair nos próximos três anos dos anteriores 160 mil para aproximadamente 300 mil
contentores.
De acordo com o director de Marketing e Vendas na Cornelder de Moçambique,
Félix Machado, este crescimento, entretanto, não pode ser reparado de forma
isolada, pois significa, acima de tudo, que a sua instituição já está a
antecipar os seus investimentos em montantes não revelados na base das ofertas
do mercado.Tudo isso, conforme assegurou a nossa fonte, significa que se houver um
incremento durante os próximos anos, a Cornelder de Moçambique estará preparada
para manusear naquele complexo ferro-portuário, todo o volume da Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral sem qualquer constrangimento.Félix Machado, entretanto, ressalvou que tal aumento da capacidade de
manuseamento do Porto da Beira deve ser acompanhado com a melhoria da Estrada
Nacional Número Seis (N6) e a linha de Machipanda que ligam a capital provincial
de Sofala à vila fronteiriça de Machipanda, com o vizinho Zimbabwe que formam a
faixa do chamado Corredor de Desenvolvimento da Beira. Também chamou atenção à
Autoridade Tributária de Moçambique, no sentido de flexibilizar a tramitação da
documentação e criação de fronteira única em Machipanda.Por conseguinte, revelou a existência da carga em Mutare, no Zimbabwe, que
não vem para Moçambique pelo facto de, no seu entender, as pessoas passarem até
dois dias sem atravessar a fronteira de Machipanda. Precisou que cenário
semelhante já não se verifica no “Translay Corredor” que liga Namíbia e Zâmbia,
tendo classificado de exemplo na região. Segundo os registos, entre 500 e 600 camiões escalam diariamente o Porto da
Beira, numa altura em que a EN-6 se apresenta com uma degradação bastante
acentuada sobretudo no troço entre Inchope e Beira. A via não está em condições
para o elevado volume de tráfego.Horácio João" Fonte Jornal NOTICIAS.
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